Tuiuiú, daí de cima da piúva, dê sinal pro seu compadre carcará: de voo alto, ele avisa a canindé, que tem casa bem cavada no oco do carandá, passa a notícia lá pra copa do acuri, araruna sai dali, alertando aracuã, jaçanã já escutou lá na beira do corixo: “Vem aí o pior bicho, predador impiedoso! Cuidado!” Chama tuvira embaixo do camalote, no bico da garça-branca notícia chega ao pacu, ao jaú, à cobra-d’água, e à cachara, ao dourado, ao pintado, à piranha: vê se o bicho não te apanha antes do povo saber: “Vem aí o pior bicho, predador impiedoso! Cuidado!” Calango-verde, na sombra do paratudo, avisou para a jiboia, que avisou à sucuri, que falou pro jabuti, que levou pro jacaré a notícia que o socó espalhou pro chororó, que na sombra do ipê curicaca ouviu dizer que a gralha já grasnou, papagaio prontamente arremedou: “Vem aí o pior bicho, predador impiedoso! Cuidado!” Tuiuiú, daí de cima da piúva, Vê se o bicho tá chegando, com mundéu, botara, pra pegar bicho graúdo, armadilha de filó, pra pegar tudo que avoa, carabina que reboa, motosserra que derruba angico, mandacaru, barriguda, babaçu, jenipapo, aroeira, figueira, andá-açu. “Vem aí o pior bicho! Cuidado! Muito cuidado, tuiuiú!!