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Release
Era uma manhã de quarta feira, mais ou menos às nove e meia, quando a Agente de Desenvolvimento do Banco do Nordeste veio à minha casa convidar-me (por indicação de meu amigo Adriano, na época, funcionário do BNB) para apresentar algumas de minhas canções num encontro de artesãos da região. Aceitei o convite e chamei dois grandes amigos e ótimos músicos (David - baterista - e Luciano - contrabaixista) para comigo subirem ao palco naquela ocasião. Realizamos uma boa apresentação e o público reagiu tão positivamente que me era impossível não pensar na possibilidade de continuarmos tocando juntos. Era, porém, um projeto um tanto quanto difícil de ser concretizado devido à incompatibilidade de nossas agendas.
Fomos contratados para tocar em uma festa Vamp! Preparamos, então, um repertório que reunia os grandes sucessos do Rock Nacional e quando tudo parecia estar pronto nos deparamos com pequeno grande problema: ainda não tínhamos um nome pra banda. Havia pouco mais de uma semana para decidirmos que nome dar ao terceto que, para nós, era apenas uma brincadeira para os nossos dias de folga. Depois de alguns dias refletindo em busca de um nome que nos identificasse, chegamos à seguinte conclusão: Elipse!
Elipse, que além de ser uma forma geométrica, é também uma figura de linguagem da Literatura, foi o nome que melhor soou aos nossos ouvidos.
Foi no dia oito de julho de 2001 a estréia da banda Elipse. O show foi gravado mas a qualidade do áudio não ficou tão boa como esperávamos. As pessoas que foram ao show nos cobravam o cd e em decorrência disso Caio Linhares, que é uma fera em produções de áudio, se predispôs a gravar o nosso cd em seu mini-estúdio que estava começando a ser montado. Com o auxílio de um computador e uma mesa de som de seis canais gravamos e mixamos todos os instrumentos e vocais. Adriano participou colocando arranjos de teclado e assim o disco foi concluído e a banda ganhou mais um integrante.
O álbum tinha quatorze faixas das quais três foram bem executadas nas rádios: Silêncio sem inocência, Alô baby e Seja onde for. Apesar do sucesso inicial, foi muito difícil fechar contrato com os organizadores de eventos porque eram raros os dias em que estávamos, os quatro, disponíveis. Mesmo assim ainda fizemos algumas apresentações mas nossas atividades individuais, paralelas à Elipse, fizeram com que nossa separação fosse inevitável.
Em 2005, resolvemos ressuscitar o projeto Elipse, agregando como mais um componente o percussionista, e também amigo, Jocélio. Começou então a maratona de ensaios e apresentações em praças, colégios e eventos da cidade.
O resultado do trabalho de alguns meses foi um novo cd da Elipse no início de 2006. Um disco mais maduro e que terá seu lançamento em maio. "Ismael Duarte"