Justiça Cega
Composição: Alvim / Lyon / Thays Peteler.Na maioria das vezes ando sozinho
Os inimigos temem na minha presença
Não leu minha acusação
Mas já tem minha sentença
Não me julgue pela minha crença
Ou pelos meus orixás
Assim como a sua crença
Nós só buscamos por paz
Que a muito nos roubaram
Pela colonização
Uns preferiram pular do navio
Melhor que a escravidão
O brasil é um navio
Prestes a afundar
E a escravidão bate na porta
Com o regime militar
Justiça cega nada vê
Ou melhor vê tudo escuro
Por isso só vejo negros
Tomando enquadro, tomando murros
É foda dizer, que a escravidão acabou
Mas os olhares aqui ainda são os mesmos de quem escravizou
Preconceito e racismo
Andam lado a lado
Quanto mais o homem moderno nega
Mais alienado
Não me, não me vem falar que
Isso é só exagero
Quanto mais o homem moderno nega
Mais fico com medo (2x)
Escuro, escravo, calejada as mãos
Não é só passado a dor da escravidão
Relutando o ardo de quase uma nação
Que carrega no peito as marcas da indignação
Na senzala o preto vivia com medo
Chorando em segredo pro branco não ver
Depois da áurea o preto
Carrega no peito a vontade de viver
A lei até foi assinada
Meus irmãos pararam de sangrar
Mas o que muita gente não fala
É que ainda lutamos por um novo lugar
Na luta eu não vou recuar
Carrego na pele o poder de quem sou
Tão querendo me condenar
Não aguenta a beleza que tem minha cor
Tão pensando em nos atacar
Mas nós só pensamos em buscar amor
E se o amor não funcionar
É fogo nesses opressor
Preconceito e racismo
Andam lado a lado
Quanto mais o homem moderno nega
Mais alienado
Não me, não me vem falar que
Isso é só exagero
Quanto mais o homem moderno nega
Mais fico com medo (2x)