baste a quem baste o que lhe basta o bastante de lhe bastar! a vida é breve a alma é vasta: ter é tardar basta dessa solidão contida na garrafa no carro na tela do celular basta dessa caminhada inútil na vitrine na praça na esteira da academia que baste o sol a praia a sombra a brisa lambendo a melodia baste a quem baste o que lhe basta o bastante de lhe bastar! a vida é breve a alma é vasta: ter é tardar basta de lixo poluído de Canudos de mendigos atirados nas esquinas basta de veneno na comida de incêndios de fome dessa sinfonia descabida basta de avareza entre irmãos exploração e tapinha no ombro apunhalando o coração basta de racismo intolerância, injustiça o diferente é que faz a diferença que baste o encontro o abraço o beijo o amor costurando a sintonia baste a quem baste o que lhe basta o bastante de lhe bastar! a vida é breve a alma é vasta: ter é tardar que baste o livro a prosa o verbo e a rima sambando a poesia