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Estigma Sonoro

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Cidade/EstadoCarapicuíba / SP
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Periferia

Composição: Ronildo Almeida de Souza, Alan Carlos Lima Almeida.
Periferia ainda são becos e vielas Não vejo grito por justiça nem reação à dor Eu vejo os bares, álcool, manos que ficaram com a sequela Não reconhecem a própria história, chicote do feitor Estude a nossa história (aviso as gerações) África e América latina (veja as nossas formações) Leia sobre Cuba, as guerras sobre as ditaduras vejo ela nas periferias Todos os dias povos corriqueiros vivem sofrimento e muita dor Vejo as casas construídas erguidas para cima Não vejo mais árvores e poucos meninos empinam a pipa E o capital é o mal de todos os maus Como as armas nucleares destrói todas as nações Alan na rima desequilibrado (sempre desequilibrado) Tentando ser o equilibrado (sempre mais equilibrado) Sou o Rap nacional da zona oeste me diga quem é você? Tente entender, busque para compreender Que o êxito e a conquista só depende de você. Refrão Periferia ainda é periferia Ruas escuras, barracos, vielas e muros Roda de samba, rap na rua, felicidade condiz Vida simples, final de semana, povo alegre feliz.   Tem muitas coisas na periferia que nunca irão mudar Como o cheiro de churrasco no final de semana exalando no ar Crianças descalças nas ruas correndo pra lá e pra cá Tomando banho de chuva se divertindo da forma que dá Tenho orgulho do povo do gueto Que mesmo sofrendo passando veneno Não joga a toalha acredita em si mesmo Corre atrás daquilo que quer Sempre batendo de frente sem medo Vários aqui são assim Inspiração exemplo pra mim Tenho fé que o que quero posso conseguir Basta lutar nunca desistir Desse jeito a vitória é certa no fim Pra mim, pra você, pra todos daqui Então meu irmão Abra seus olhos seu coração Não viva em vão Pois vários do gueto alcançaram a vitória e no topo agora estão Seja no Samba, no Rap ou no Reggae Nossa cota é a felicidade Faça sua corre pra traz nunca olhe Troque de igual não seja covarde Vá atrás da vitória não importa a hora Invista em você A elite a escória quer que nossa história Seja resumida a nunca vencer. Refrão Periferia ainda é periferia Ruas escuras, barracos, vielas e muros Roda de samba, rap na rua, felicidade condiz Vida simples, final de semana, povo alegre feliz. Vagando por aí nesse mundão Nem vi o tempo passar só vi a solidão Eu quero tudo, mas as vezes eu não quero nada Só quero curtir meu Rap e tomar a minha breja gelada (Hey, hey) eu já dei tiro na escuridão Hoje eu escrevo o meu rap que vem do um coração Vejo a tristeza e o nada de um sonhador Eu vejo o nosso capital na mão do opressor Sobrevivência sempre foi a nossa conduta Juro que eu acreditava, mas essa história não muda Quero o meu dinheiro para a nova era Quem sabe para crianças para o futuro da favela Você tem pensamento diferente, mas o meu talento não tem Eu também leio livros, mas escrevo o que convém Sou o Alan Na Rima do Rap nacional Escrevo o que o boy odeia pensamento criminal. Refrão Periferia ainda é periferia Ruas escuras, barracos, vielas e muros Roda de samba, rap na rua, felicidade condiz Vida simples, final de semana, povo alegre feliz.

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