Dez Quilômetros
Composição: E.X.E, LP56.Olhei no espelho hoje de manhã
Eu não me reconheci
Torcendo para que seja um dia melhor amanhã
Eu não consigo mais sorrir
Torci para estar numa mansão mas
Eu não consigo nem sentir
Eu trabalhei para ficar em ascensão
Mas eu ainda não consegui
Real, até demais
Fazendo história com as minhas mãos
Real, o tempo é eficaz
Para curar as feridas das minhas mãos
Real, querendo paz
Mas indo para guerra por convicção
Real, correndo demais
Fazendo da minha vida uma ambição
Dez quilômetros de cada vez
Vivendo e correndo da morte
Dez quilômetros de cada vez
Por que nunca contei com a sorte
Dez quilômetros de cada vez
Minha vida ao passo de um corte
Dez quilômetros de cada vez
Evoluindo pro meu mais forte
Eu já tive amigos que morreram
O meu bairro não é o mesmo faz tempo
Eu tenho amigos que sobreviveram, mas
Que não são meus amigos faz tempo
Fazendo acontecer sem um real no bolso
Imagina se eu já tivesse tudo
Fazendo acontecer sem cair no desgosto
Por que eu só consigo pensar em dominar o mundo
Sonhador nato, me passa o contrato
Que eu tiro todo mundo daqui
Não sou jogador caro, eu só quero de fato
Me levantar sem cair
Reverenciando as referências
Lembrando de todas vivências
Contando nos dedos as promessas
E vivendo apenas com a essência de que...
Dez quilômetros de cada vez
Vivendo e correndo da morte
Dez quilômetros de cada vez
Por que nunca contei com a sorte
Dez quilômetros de cada vez
Minha vida ao passo de um corte
Dez quilômetros de cada vez
Evoluindo pro meu mais forte
Eu sempre me sinto deslocado nesse mapa
Fora do compasso e a vida ainda cobra
Pago parcelado os erros, mas ainda sobra
Motivos pra continuar vivo nessa cova
Não sou mais refém do meu medo
Agora eu dou as cartas
Mas ainda me sinto descartável
Como um corpo morto sem alma
Sinto que todo dia é o ultimo
E ta tudo fora do meu controle
Ninguém sabe mas juro que eu tento
Colecionando traumas e dores
Fugindo da realidade e dobrando a dosagem
Subindo até o céu, descendo até o inferno
Matando o tempo contando os dias
Esperando o sono eterno
Conflitos internos do mundo moderno
Rumo a vida falsa assistida de fora
Eu vivo aqui dentro e sinto que piora
Preso no tempo da mesma gaiola
E eu visto as minhas mascaras
Com o mesmo instinto, vivendo mil cenas trágicas
Pode até parecer piada, mas a morte é cara dura
E pega o cara na barbada
Real, até demais
Mudando a história com as minhas mãos
Real, o tempo me trás
Cicatrizes feitas pelas minhas mãos
Real, buscando paz
Para vidas passadas sem redenção
Real, sem ficar para trás
Correndo contra as grades dessa prisão
Dez quilômetros de cada vez
Vivendo e correndo da morte
Dez quilômetros de cada vez
Por que nunca contei com a sorte
Dez quilômetros de cada vez
Minha vida ao passo de um corte
Dez quilômetros de cada vez
Evoluindo pro meu mais forte