Face do Holocausto

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Cidade/EstadoSalvador / BA
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03 O Poeta

Composição: Jefferson Santos.
O POETA Ele está vivo voltou está sanguinário e instintivo. Desolação total, gritaria pede por socorro. Não entendeu qual que foi ele está louco? Pensou que era fase só viajem. Tipo assim coisa de moleque procurando arte. O coração acelerou pipocou quando viu que era por amor. Que os versos retratavam uma rotina. Bem diferente do padrão do mídia. Desculpa se te decepcionei. Lamentável mas não foi dessa vez. Porque eu prefiro as escrituras marginais. Que em orientam contra quem tira a nossa paz. Que me Põe de pé e me dá força. Pra ir sim que sabe um dia a gente fale sobre as rosas. Daqui pra lá as canções são dolorosas. Lotadas de rancor e espinhosas. ‘E o poeta recita o q você não quer ouvir, São palavras que não fazem você sorrir’. E ele continua nocivo, ativo. Dia e noite maquinando contra o inimigo. Não é assim Jhow sempre foi assim. Toda mão pra nós é sem final feliz. Tipo sem Antônio conselheiro. Periferia é Canudos que a penas. Sobrevivem os furacões de chumbo. São todos monstros, seres diabólicos malditos. Senhores do terror produtores de homicídios. Quem sente sabe como é deprimente. Tente sutar uma fratura exposta band aid. Cenário sujo, feio, pobre e violento. Cadê o gênio que eu só tenho um desejo. Sumir dá um, dois daqui, tipo assim. Ir para um lugar belo bem tranquilo feliz. Então me diz quem quer morar perto da boca. Pra ver seu filho se espelhando em que passa o dia todo atoa. Fala pra me diz quem é que gosta. De um lugar que todo dia é hora. Que qualquer hora é hora, quem pode vaza. Porque vida de louco tipo assim nunca teve lógica. ‘E o poeta recita o q você não quer ouvir, São palavras que não fazem você sorrir’. Então me diz ai Jhow, Quem que vai ouvir. Quando a boca do inferno abrir? Rápido desligado logo o rádio, Que isso aí; Tem um carma encostado. Só fala o lado ruim dos fala o lado ruim dos favelados. Os temas é sempre o mesmo criminologia. É rap gangster apologia. Só de pensar que esses tipos um dia. Já foram partes integrantes de nossas famílias. Os mesmo que idolatram os personagens. Que por justiça produziram os levantes. E ontem eram os cavalos selvagens sem donos. Pra hoje ser apenas os pangarés cansados e trocho. Escuta vermes enquanto tiver fôlego. A poesia marginal vai expelindo pela garganta como fogo. Então corre grita pede por socorro. Avisa que o poeta não morreu ele ta vivo. Que enquanto tiver pulsação tem manuscrito. Que violento não é ele e sim o nosso o cotidiano realístico. Pavio curto o barril explodiu. Somos nós Região nordeste, Bahia, Brasil. ‘E o poeta recita o q você não quer ouvir, São palavras que não fazem você sorrir’.

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