Nascido na fronteira entre o céu e inferno onde a vida escorre diretamente pra garganta do diabo. Caderno lotado de letra Caneta afiada, tipo Katana Passando a visão nas vivência Os bico se morde as mina se encanta Eu vim pela mensagem eu vim pela grana Não vim pela fama Eu vim deixar um legado Mostrando que é possível Um diamante lapidado Mesmo vindo da lama Eu sou o vulto no silencio da madrugada Que te assusta e te causa arrepio O menino sujo que ninguém se importava Hoje toca nos fone de ouvido de quem nunca me ouviu. E não espere que eu seja gentil Ninguém nunca fez, nada por mim Eu dei voadora nas porta que vc não abriu Eu pus um sorriso no rosto de quem nunca sorriu. Sigo cego, surdo e mudo Pra toda negatividade desse mundo Desfoca do sucesso e foca no seu sonho Que cê vai conquistar tudo. E daqui eu sinto o cheiro da inveja Do seu espírito imundo Não tenho tempo pra bochicho de comédia Não vou dar ibope pra opinião de vagabundo. Que se acha no direito de falar do que eu faço De como eu me visto, e da grana que eu gasto Nunca me deu carona Na merda do seu carro Que seu papai te deu, Com documento pago Pra chegar até aqui, Eu gastei sozinho Muita sola do sapato. Andei pelos caminho de espinho Muitas vezes foi descalço Passando pelos percalços Cês não faz ideia do monstro que criaram. "Aí mãe, eu faço pela senhora e pelos meus irmãos também Eu disse que um dia ia te orgulho, cada letra escrita tem mto de vocês. Do nosso sofrimento, da nossa luta, cada lágrima derramada se transformou motivação. Eu faço só por mim e por vocês. Descarreguei no caderno todo meu ódio e frustração" São quase 4 da manhã e eu ainda acordado Ouço barulho de sirene por todo lado E sinto que meu tímpano tá dilatado E o pensamento lá do outro lado (da cidade) Mas, tô sem 3g pra te mandar um recado Hoje só o copo de conhaque, foi meu aliado Precisava dormir, mas eu tô chapado E até queria te ver, mas assim não dá (não nesse estado) Já virou rotina Já tô acostumado Te esqueço quando tô pra cima Te procuro quando tô pra baixo Já te expliquei que minha vida é correria Espero que entenda meu sumiço Tô no corre do rap todo dia, e antes de te conhecer eu já tinha assumido esse compromisso. É o preço que eu pago por essa escolha de vida Vários me reconhece na rua, Me segue, ouve minha música. Abdiquei do anonimato e da rotina tranquila E quando abre as cortina, vários diz que me conhece, Mas quantos de vocês que realmente me escuta? Será que entenderam que cada letra é uma súplica? Eu até pus um "dim" no meu bolso, Mas não vendi minha conduta. E tá fora do eixo nunca foi desculpa Pra fazer um som de qualquer jeito E dizer que se não vende, não é minha culpa. Mas também não vou mentir E dizer que a cena do do rap tá uma uva O público não te reconhece como "mc" Se não tiver participado de um poesia acústica.