FIDIROLA E OS DELÍRIOS DA VIDA REAL
Por Márcia Campos

Ele parece um ser de uma galáxia muito, muito distante, mas é humano, como a gente; parece que ele vive no mundo da lua, mas é tão terrestre quanto nós.
A abordagem pouco ortodoxa de Fidirola sobre o mundo, a vida e a realidade é o que vem conquistando seguidores ao longo de seus 17 anos de carreira, e é através do reggae e do rock que ele expõe sua percepção sobre o que transcende o que os olhos podem ver e o que as mãos podem tocar.
Antes de apresentar-se como Fidirola, o pernambucano Valterlins Herculano entrou para o mundo da música pelos bastidores, como empresário e produtor de eventos.
Atualmente, Fidirola vive em Campos do Jordão, depois de passar 20 anos radicado na caótica São Paulo e, posteriormente, mudar-se para a bucólica São Thomé das Letras, onde, contagiado pela magia manante da pequena cidade, decidiu expor suas ideias e ideais, e conhecer o outro lado de ramo musical.
Tendo grandes nomes da música brasileira – como Mutantes, Tim Maia e Raul Seixas – como principais influências, Fidirola canta, desde o ano 2000, sem meias palavras, suas vivências, crenças e as estradas por onde passou.
Seu primeiro trabalho de estúdio, intitulado O Som é a Nave, de 2016, é um convite aos ouvintes para uma viagem para outros mundos ou, quem sabe, para dentro deles mesmos. A atmosfera irreverente das canções abriga pequenas, porém poderosas críticas à sociedade, além das letras gráficas, que tornam fácil, de fato, embarcar no universo de Fidirola.
Suas apresentações ao vivo são versáteis. Ora acompanhado pela banda, ora somente voz e violão, adapta-se a qualquer ambiente, contagiando facilmente qualquer plateia.
Além do novo material que vem sendo produzido e que fará parte do novo álbum Horemos, com previsão de lançamento para o segundo semestre deste ano, Fidirola publicou, em 2013, o livro Um Messias Alucinado, que sintetiza toda a temática reflexiva e existencial de suas canções.
Ouça. Leia. Embarque nesta viagem e espalhe a semente.