Em 1981 nascia a geminiana de muitas faces, Flávia Oliveira. Foi percebida “artista” desde muito pequena quando aos 8, escreveu sua primeira poesia, comovendo familiares e amigos ao versar seus sentimentos com precocidade e destreza.
Com afeição especial pelo desenho e pela pintura, escolhia a aquarela como brinquedo e a vitrola como companhia. Pintava a natureza, sua mais antiga paixão, e cantarolava sem parar as canções que aprendia com sua avó, que lhe apresentou as obras dos mestres Francisco Alves, Wilson Batista, Noel Rosa, Cartola e Nelson Cavaquinho.Encantava-se com os discos de vinil, suas capas e encartes. Obras de Chico Buarque de Holanda, Gilberto Gil, Edu Lobo, Vinícius de Morais, Toquinho e os balanços de Wilson Simonal e Jair Rodrigues foram as trilhas sonoras de sua infância.

Em 1995, adolescente, experimentou o teatro em um curso livre, aprendeu seus primeiros acordes de violão e iniciou também suas atividades como cantora.
Dotada de um timbre de voz avesso ao comum, Flávia experimentou a música em inúmeras vertentes, interpretando suas composições em grupos de Rock, Reggae, Jazz e música alternativa, até apaixonar-se em 1998 pelas tradicionais rodas de Samba da capital Paulista e definitivamente mergulhar na raiz da música brasileira. Desde então dedicou-se a compor e cantar Samba, brincando de experimentar suas variações. Durante uma estadia de sete anos pela capital catarinense, foi vocalista de inúmeras produções musicais regionais e de grupos de referência local como o Côro de Gato e o Projeto Nosso Samba-SC. De volta á São Paulo em 2007, realizou temporadas em casas noturnas tradicionais e também nas principais redes de cultura local, acompanhando grandes nomes do samba como Wilson Moreira, Monarco e Nelson Sargento. Suas principais referencias no samba são Clara Nunes, Dona Ivone Lara, Roberto Ribeiro e João Nogueira.

No ano de 2008, para fomentar seu trabalho artístico e dar conta de sua demanda
criativa iniciou suas atividades como Produtora Cultural, liderando um projeto de Educação musical de abrangência nacional apoiado pelo Ministério da Cultura. A partir deste ano não parou mais de produzir nos segmentos de música, teatro e audiovisual. Os anos de 2009 e 2010 foram dedicados ás composições, parcerias, apresentações e homenagens a grandes nomes do Samba como Dona Ivone Lara e Paulo Vanzollini, para quem Flávia teve o prazer de cantar ao vivo.

Em 2011, foi premiada pela Secretaria Estadual de Cultura de São Paulo para a
gravação de seu primeiro disco solo “Semente do Samba”, lançado e circulado na rede SESI de teatros no ano de 2012. O disco foi indicado ás categorias “Melhor disco de Samba”, “Melhor composição” e “Melhor cantora de Samba” no reconhecido “Prêmio da Música Brasileira”. O CD foi produzido pelo sambista Emersson Ursoo e tevê os arranjos escritos por Charlie Diéf e Marquinhos Jaca. Do samba de breque, terreiro, canção, exaltação, passando pelas principais vertentes a sambista gravou somente composições inéditas e de compositores desconhecidos da grande massa porém muito conhecidos no meio sambístico como Dudu Santana, Maurinho de Jesus, Dodô Andrade, Marquinho Dikuã, Alvaro Fausane, entre outros. A obra foi apresentada com seu talento e simpatia para o grande mestre Rolando Boldrin em território nacional no renomado programa Sr. Brasil.

Desde 2013 Flávia esta a frente da série musical “CINESAMBA”, que apresentará em
2014 para quatro capitais nacionais um belíssimo repertório de contribuição entre o Samba e o cinema nacional. A série contará com a participação de nomes como Paulinho da Viola e Elza Soares. Ainda este ano, dará início ás gravações de seu segundo álbum solo “Desabrocha Cabrocha”, a ser lançado em 2015.