- louvação41.959 plays
- tão bem4.536 plays
- xote pra mariana7.609 plays
- seu xodó6.105 plays
- menina de lua8.590 plays
- aí que o trem é bão68.573 plays
- mel de endoidecer10.654 plays
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Release
Release forró agarradinho
Criado em 2000, o FORRÓ AGARRADINHO optou por resgatar a música nordestina em suas raízes mais autênticas, por meio dos seus principais compositores e intérpretes, fazendo da especificidade do repertório uma de suas características. Portanto, Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, João do Vale e Dominguinhos, assim como outros representantes igualmente legítimos dessa música genial, se tornaram constantes nas apresentações. Preferiu-se preservar uma orientação quanto ao formato, o mais próximo possível do original, não se aderindo ao modelo de melodias e letras de excessivo apelo romântico ou outras abordagens recorrentes hoje na música brasileira. Abordagens essas, utilizadas como estratégias, obviamente “oportunísticas” e com intenção de tornar os trabalhos mais facilmente comercializáveis. Pra muitos, tal adesão aos apelos do mercado, seria de se esperar de qualquer banda de forró que desejasse ter seu trabalho reconhecido pelo grande público na atual cena nacional. Mas não é o caso. Isso também não quer dizer que o Forró Agarradinho seja refratário às novas linguagens e “re-leituras”, diante das modificações que ocorrem naturalmente nas culturas sob influência de uma informação fragmentada e ágil ao atingir os povos. Prefere, porém, em suas composições, negociar um meio termo entre, de um lado, essa aparente expectativa e “necessidade” de inovação na linguagem, e de outro, o contato essencial com as origens, com a terra por meio de sua música, evitando a vala comum do êxito rápido sem substrato. Reconhecido, sim, mas pela consistência, qualidade e compromisso artístico, social e histórico de sua obra. Hoje, o FORRÓ AGARRADINHO se auto define como uma proposta de forró “pé-de-serra” goiana, em cujo repertório autoral, agrega elementos regionais característicos das “cenas culturais goianas”. Afinal, a catira, a folia e até mesmo a modinha podem, e acabam, nessa concepção, fazendo parte desta grande festa que é o forró. Uma manifestação musical inteligente, espirituosa que já inspirou outros tantos compositores brasileiros ilustres como: Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Jobim, Djavan, Milton Nascimento, Luiz Gonzaga Jr., Toninho Horta, Hermeto Pascoal, Egberto Gismonti, Ivan Lins, etc. Isso só pra citar alguns, criadores em outras searas da música brasileira e que, em vários momentos de suas obras, foram seduzidos pelo xote e pelo baião, enfim, pelo forró. Pelo forró como foi concebido originalmente, ou seja, o “pé-de-serra”.
*(Forró Agarradinho - cont.)
Walter Carvalho idealizou a princípio, um trabalho de resgate da música nordestina e, no momento inicial, foram solicitados pra integrar a primeira formação, batizada então, com o nome de oito no fusca, os músicos: Marcelo Maia (baixista), o baterista Chocolate e o sanfoneiro Amim (o grupo original passou e continua passando por modificações conforme se tornem convenientes e necessárias). Em uma dessas modificações de componentes, a formação foi re-batizada surgindo então, o FORRÓ AGARRADINHO. Dessa forma, passando a se apresentar no Chopp 10, na cidade de Goiânia, sempre aos domingos. Aos poucos e persistindo em manter as características que nortearam sua criação, as apresentações foram recebendo público crescente e diverso. Em 2001, Walter sentiu a necessidade de dar uma identidade autoral a esse trabalho musical. Convidou então, o cantor e compositor Luiz Augusto, que paralelamente desenvolvia um trabalho similar com a banda forró a lenha. A convergência de idéias e objetivos foi imediata e oportuna para os dois artistas. Perceberam já nesse contato inicial, a possibilidade e a viabilidade de se realizar um trabalho experimental com misturas rítmicas locais, o que culminou com a gravação do CD Forró Agarradinho. Esse casamento de ideais pode ser agora conferido e apreciado no CD, onde Walter e Luiz sintetizam esse trabalho, amadurecido nos poucos anos de convivência em torno do mesmo objetivo. Contam ainda, nesse primeiro registro, com a colaboração de outros importantes compositores goianos, como: Pádua, Nilton Rabelo, Odilon Carlos e Valter Mustafé. A produção é de Vilma de Souza, Welder Miranda, além do próprio Walter Carvalho e do Luís Augusto. A direção musical do CD é assinada pelo músico, produtor e arranjador, Luis Chafin.