- A Cura Tá No Coração feat. Cynthia Luz27.598 plays
- Bala Perdida15.294 plays
- Sobrevivente7.623 plays
- Aglomeração A 2 feat. Ivete Sangalo12.653 plays
- Eu E A Tábua9.826 plays
- Sem Neurose5.713 plays
- Racismo É Burrice (Ao Vivo)6.995 plays
- Cantão7.659 plays
- Patriota Comunista24.072 plays
- Masturbação Mental7.118 plays
Comunidade
Comentários
Release
Um dos pioneiros do hip hop brasileiro, Gabriel foi o primeiro rapper a difundir o gênero na língua portuguesa nos países lusófonos, ao quebrar a barreira do mainstream com seu disco de estreia em 1993. Um ano antes, sua fita demo independente de Tô feliz (matei o presidente) havia sido censurada pelo governo de Fernando Collor já sob processo de impeachment.
Mazelas políticas e sociais, alienação e comportamento, liberdade de expressão e de pensamento, crônicas do cotidiano e reflexões variadas compõem o vasto universo poético do Pensador, que também é escritor e alterna com naturalidade e coragem abordagens ácidas, irônicas e contundentes, como em Pátria que me pariu, Até Quando, Nunca serão, Tô feliz matei o presidente 2, Chega e Vamo aí, com outras mais descontraídas como em 2345meia78, Festa da música, Rap do feio e Solitário surfista, enquanto Pra onde vai?, Mandei avisar e Astronauta desafiam a lei da gravidade trazendo temas pesados com musicalidade leve e suave. Retrato de um playboy, Sem saúde, Bala perdida e Dança do desempregado são exemplos de uma linha em que alia crítica e humor. Hábil em experimentar misturas de ritmos e narrativas, foi pioneiro também ao criar flows inéditos para o rap cantado em português em cada um de seus oito álbuns e receber feats de artistas de outros gêneros, como Moreira da Silva em Amigo urso ou Lulu Santos em Cachimbo da paz.
Sempre inovando em suas produções, desde seu último álbum Sem crise, Gabriel tem lançado singles consistentes como Fé na luta, Sobrevivente e A cura tá no Coração e seu repertório impressiona pela atemporalidade da maioria de suas músicas. Mais de uma vez deu voz e traduziu anseios e sentimentos de gerações inteiras, sempre buscando um caminho de positividade, atitude e evolução através do ritmo e da poesia, como resume o título de seu quinto álbum: “Seja você mesmo mas não seja sempre o mesmo”.
O novo single Patriota comunista convoca os ouvintes a refletir mais profundamente sobre os males e doenças crônicas da nossa sociedade, sem máscaras (além das usadas contra a Covid-19), para buscar possivelmente algum fôlego extra na “fabricação" da mais difícil e importante vacina. "Escravos, é isso o que somos: escravos da própria falta de atitude”, já dizia em 1993 o jovem estudante que trocou a Comunicação Social pelos palcos na faixa E você?, numa mescla de freestyle rap com repente nordestino. Nos tempos do trap, o mesmo Gabriel que não é sempre o mesmo continua nos representando e nos lembrando como a música liberta.