Gralha-azul (Solano Ferreira e Igo Santos) Na serra da rocinha / dentro de uma mata fechada Senti que era observado / seguido pela bicharada Me liguei pelo seu tamanho / se movendo no escuro Mais um bando de corvos / pela algazarra e barulho realmente estava certo / quando pousaram no chão o azul das suas plumagens / eram as aves em questão Bela gralha-azul / que passeiam por nossos campos Espalhando mais que barulho / mas sementes por todos os cantos Numa clareira adiante / o bando que me seguia Espalhado nas araucárias / mas que festa fazia Com seus bicos trabalhando / abrindo pinhão a pinhão Só ficando para trás / os que caíam no chão Totalmente satisfeitas / vários frutos enterraram Pra comerem mais adiante / mas jamais os encontraram Bela gralha-azul / que passeiam por nossos campos Espalhando mais que barulho / mas sementes por todos os cantos Como podem belas aves / cometerem tamanha falha Esquecerem onde deixaram / os pinhões que enterraram Inteligência não lhes falta / por isso que admiro Vendo voarem em bando / com pinhões presos nos seus bicos Dos aparados da serra / descendo rumo a Timbé A gralha-azul vai espalhando / sua beleza onde estiver