Grupo Estribo de Prata
EstiloRegional
Cidade/EstadoNova Petrópolis / RS
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Charla De Vida e Tempo

Composição: Enio Silveira e Xico Silveira.
A nuvem negra que do norte se aproxima Compondo rimas no chircal e no alambrado Vem milongueando com o minuano à trote largo Reminiscências desta vida campechana Vejo na estampa deste guapo peão de estância Todas as ânsias guardadas do seu viver Pois seu destino foi marcado pelo tempo Não lhe restando outro jeito pra escolher (No andar esguio um jeitão de domador Seus trastes gastos por muitos dias de lida Vestes puídas bem marcadas pelo tempo Arrasta espora sem dizer um só lamento) Ainda moço foi jogado pela vida Em meio a luta de adaga, lança e garrucha Somente um poncho lhe servia de guarida Nas contradanças de peleia, morte e fuga Endurecido como aço é o seu corpo Pois foi talhado nas mais barbaras jornadas Por este guasca não cuidar de seus amores Os seus pelegos são muy frios nas madrugadas (No andar esguio um jeitão de domador Seus trastes gastos por muitos dias de lida Vestes puídas bem marcadas pelo tempo Arrasta espora sem dizer um só lamento) Por ser posteiro e viver nestes fundões Seu mate é lento e solitário todo dia Só o perro baio seu parceiro de andanças Lê faz costado no seu rancho em noites frias No humilde posto será o fim dos caminhos Do seu cavalo, o brabo cusco e o rude guasca Pra não ser tapera nem seu rancho e nem sua alma Terá mais vida nos violões de alguma tasca (No andar esguio um jeitão de domador Seus trastes gastos por muitos dias de lida Vestes puídas bem marcadas pelo tempo Arrasta espora sem dizer um só lamento)

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