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Nascido em 1979 em São Paulo, criado em Campinas, e tendo morado em várias cidades brasileiras, Gustavo Nassar é um poeta e compositor especialista nos gêneros 'post-punk' e 'industrial'. Recentemente passou a fundir estes gêneros musicais com a MPB.
Em Brasília, que foi uma das suas moradias nessa peregrinação inquieta, Gustavo Nassar foi um dos fundadores da banda de deathrock 'Luiza Fria'. O ano era 2007, e Gustavo Nassar participou da banda nos primeiros ensaios como guitarrista. No 'Luiza Fria' Nassar deixou a primeira de suas composições (a música 'Turbantes') posteriormente gravada pela banda.
Tendo se estabelecido sedentário a contragosto, e num cubículo na cidade de Diamantina/MG, em 2014 fundou o 'Império dos Sentidos' com Jimmy Andrade - poucos meses após Nassar idealizar, promover e discotecar nos 'Jardins do Cinza Sublime', que foi a primeira festa gótica na cidade. A proposta do 'Império dos Sentidos' era compor num post-punk gótico e darkwave sem grandes experimentações melódicas, envolvendo ainda o trip-hop e um pouco da enigmatic music. O 'Império dos Sentidos' fez apresentações na cidade em dois episódios de saraus poéticos no bar e restaurante 'Meio Tom' (posteriormente 'Sobradinho'), alguns dos quais foram dedicados exclusivamente à recitação das poesias e protocomposições de Gustavo Nassar ao longo dos anos de 2012 a 2015. O projeto lança seu único álbum homônimo em 2015. Logo depois o projeto acaba.
No ano de 2016, interessado em prolongar essa poética lírica tipo nietzschiana em sons darkwave, goth e post-punk (ainda atravessados pelo trip-hop) Gustavo Nassar lança seu primeiro álbum solo. O álbum se chama 'O Amor dos Mais Fortes'. Naquele ano Gustavo Nassar teve uma de suas músicas solo a fazer parte da coletânea 'De Profundis IV'. Eis que então, no fim deste 2016, seu primeiro videoclipe 'Noite de Mara, Minha Luz Civil' é lançado, tendo sido posteriormente exibido na TV Vale Record, que abrange a região do Vale do Jequitinhonha mineiro, região da qual a cidade de Diamantina faz parte.
Em 2017, num período sem nenhuma inspiração, e sem nunca encontrar colegas para uma banda na cidade de Diamantina, Nassar foi convidado a participar de uma entrevista e apresentação ao vivo no canal de TV sobre seu trabalho. Este foi seu único ato como músico no ano de 2017.
Foi somente no final de 2018 que Nassar recomeça a compor e se joga um ritmo alucinante de composições, gravações e lançamentos que prossegue até o momento. Em 2019 lança seu segundo álbum solo 'Arte Degenerada'. Eis em 'Arte Degenerada' uma epopeia do rock post-punk, de musicalidade industrial abrasiva, experimental. Distinta da poesia lírica gótica que buscava um reencantamento reconciliador com o mundo em seus primeiros álbuns, 'Arte Degenerada' dá luz a músicas atonais. Foram 14 declarações de guerra, a lançar pedradas no entorpecimento mental em uma época de caos social agravado. Com músicas tematizando uma crítica radical à sociedade capitalista, 'Arte Degenerada' buscou uma contraposição incendiária ao reacionarismo vigente. Contra o politicamente correto, o álbum buscou uma declaração anárquica e artística de ruptura. De ruptura contra o processo de degradação existencial, no contexto de uma surtada década 10's do século XXI. Logo em seguida, no finalzinho do ano de 2019, na mesma 'vibe' socialmente crítica e musicalmente caótica, Gustavo Nassar lança seu primeiro EP, com 4 músicas: 'O Amor nos Tempos dA Cólera'... O EP é uma continuação do industrialíssimo 'Arte Degenerada' mas, se afastando provisoriamente do rock post-punk, abraça de vez a 'noise music' eletrônica.
Em 2020, na necessidade de se reconciliar com um mundo irreconciliável, na busca por uma renovada fuga para o interior poético, Gustavo Nassar inicia as gravações noturnas do álbum 'Cristais de Cemitério' lançado em dezembro de 2020, elogiado no jornal 'Correio Braziliense'. O álbum retorna às origens mais líricas e góticas do post-punk industrial do primeiro álbum mas, como novidade, inaugura um crossover destes estilos com a MPB nordestina, em especial com o baião. Esta fusão remete ao distante ano 2000 quando, ainda residente em Campinas, Nassar era frequentemente visto carregando triângulo, agogô e violão nos coletivos da cidade. Mas antes ... mas antes do lançamento do álbum 'Cristais de Cemitério', subitamente, de repente, Gustavo Nassar se vê determinado em 2 dias a lançar um álbum com 14 músicas abstratas, dadaístas e aleatórias versando sobre as redes sociais. A coisa estava presa na garganta! E Nassar necessitou em plena pandemia de realizar um álbum que "falasse" sobre as redes sociais. Surge o álbum 'Redes Anti-Sociais' que compõe um nada musical que busca refletir como um espelho invertido o niilismo vital, a nulidade que sobredetermina nossas "vidas" na era das redes antissociais.
Em 2021, lança o EP "O Final das Coisas". Tal como o álbum "Cristais de Cemitério", retoma as origens mais líricas e góticas do post-punk industrial do primeiro álbum mas prosseguindo um crossover destes estilos com a MPB nordestina, em especial com o baião.
Em 2024, após severas crises emocionais devidas ao aparecimento a criação nefasta da IA compondo músicas, Nassar consegue finalmente lançar o novo EP "Finais sem História".Com 5 músicas, este é um novo trabalho fundindo MPB & DARKWAVE, dessa vez mais próxima ao universo sambista, mais distante do baião e da psicodelia nordestina que marcaram seus dois últimos trabalhos.
Devido ao surgimento da IA, que em breve flodará todo o ambiente musical, Gustavo Nassar decide encerrar sua carreira como composição & produção solo. Ele afirmou em publicação "Perdeu o sentido a doce estressante guerra que é compor, gravar, mixar, masterizar, lançar e divulgar um trabalho sozinho… sendo que um click na IA gera um viral musical com todo esse trabalho feito. Me recuso a trabalhar duro para vender gelo artesanal no polo norte, não sem um enorme pesar".
Assim, com seus 4 álbuns e um 3 EPs na bagagem, Nassar busca parceiros para expandir seu trabalho em outra direção, para interpretação e fazer shows ao vivo.