- O Curupira na Arca de Noé775 plays
- Devaneios609 plays
- Diário de Peixes315 plays
- Adeus Solidão1.075 plays
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Nasci no ano de 1979, em Ourinhos, interior de São Paulo. Cidade do rio Paranapanema, onde eu costumava ir com os amigos nadar, tocar violão e desvendar os segredos da mata. Mas isto aconteceu mais tarde, na minha adolescência, pois com apenas alguns meses de idade fui morar em Belo Horizonte. A minha família sempre foi meio cigana, moramos em Belo Horizonte, Ourinhos, Bauru, Presidente Prudente, Campo Grande, São José do Rio Preto, Votuporanga, Ribeirão Preto e São Paulo. Posso dizer que tive uma infância muito rica, com muita diversidade, pois cada lugar tinha sua paisagem, suas pessoas, suas idéias, seus sons, seus cheiros e suas histórias diferentes. Acredito que a música sempre fez parte da minha vida. Meus avôs maternos tiveram doze filhos, uma família bem grande e festeira. Nas festas sempre rolava uma roda de violão. Eu ouvia de tudo, MPB, rock, samba, pop, música regional. O primeiro show que eu assisti na vida foi do Ney Matogrosso, devia ter uns oito anos, meus pais me levaram com eles.
Aos treze anos de idade eu comprei meu primeiro instrumento musical, uma guitarra Jennifer usada. Aprendi a tocar sozinho, tirando algumas músicas de ouvido, porém, alguns amigos do colégio estavam precisando de um baterista para formar uma banda, não pensei duas vezes, voltei na loja e troquei a guitarra por uma bateria velha caindo aos pedaços. Quase enlouqueci a minha mãe, tocávamos o dia inteiro no quintal de casa! Tocávamos covers de bandas de rock. Lembro que a primeira vez que eu subi num palco foi em um festival na cidade de Assis, depois deste dia eu descobri que eu nunca mais iria conseguir viver sem tocar. Toquei em diversas bandas, em bares, festas e festivais.
Desde criança eu sempre gostei muito de ler e escrever. Acho que a primeira canção que eu fiz foi aos 13 anos de idade, uma música de duas notas no violão que, por ironia ou destino, falava sobre a angústia do tempo; a partir daí, comecei a compor compulsivamente. Compor sempre foi um exercício de auto-conhecimento para mim. Uma busca interminável pelo inalcançavel. Uma forma que eu encontrei de exorcizar meus fantasmas, cristalizar minhas alegrias, desconstruir e construir o meu mundo. Algumas destas canções ficaram, outras perderam-se no tempo, mas todas tiveram a sua história.
Em 1998 comecei a cursar a Faculdade de Psicologia e mergulhei ainda mais no mundo da literatura e filosofia. Dois anos depois, em 2000, tranquei a faculdade e embarquei para Londres acompanhado do meu violão. Foi uma experiência marcante na minha vida, viajei por diversos países da Europa e toquei com artistas de rua de várias nacionalidades. Acredito que a distância de casa fez com que eu entrasse em contato com um universo latente em mim, as minhas raízes musicais brasileiras. Comecei a buscar ritmos novos, sem me preocupar com rótulos, queria fazer a música que eu sentia.
Voltei da Inglaterra e me mudei para São Paulo em 2002.
Terminei a faculdade de Psicologia e continuei tocando nos bares da noite paulistana. Em novembro de 2006 lancei o meu primeiro disco, Teatro Mambembe, que reúne 13 composições minhas. São canções que falam de amor, cicatrizes, alegrias, devaneios, sonhos, enfim, que retratam um pouco os personagens desta minha vida mambembe. Bom espetáculo!
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