Hermes Petrini

Hermes Petrini

EstiloMPB
Cidade/EstadoPiracicaba / SP
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OuvintesDurval Mattos e outros 14 ouvintes
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Fã-clubeAlessandra Guarnieri e outros 14 fãs
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Release

?Casa de Malandro? (na verdade mais de 60 ...)

Hermes Petrini: malaco agitadeiro

Caio Silveira Ramos


Quando, há quase 20 anolas, bateu no meu escutadô de baticum o Filosofia de Bar, acendeu um lampião na minha cacholeta: de-quem-de-quem-é essa obra-primona sincopada? Pois não é que era do dito cantador que estava ali na minha cara empunhando a viola? Tava eu ajudando a arranhar o cavaco pros Menores de Assis, rapaziada sabidaça que metamorfoseava até bula de remédio em samba-enredo, quando me apresentaram o mano da Helaine. E o que ela tinha de formosura, ele tinha de talento, pois era guruzão daquele bando todo.
O danado jogava nas onze e ainda dava as instruças do banco: mandava bem na corda, no coro e nas tecladagens; compunha, arranjava, dava aula, era marido fideloso e pai de canal educativo; fazia noiva entrar sorrindo em igreja e baile terminar ao lado do lustre. Um vagulino estranhoso que laborava sábado, domingo, feriado e dia santo. Pois malaco que é malaco sempre tem que estar na contramão: se a honestidade hoje caiu na valeta, o marginal da vera é que ele vai lá e toma a água da chuva pra resgatar a danada, trazer a dita pra tona e escancarar a honesta na careta da vilanada.
Na linguagera modernoza, Hermes Petrini é um agitador cultural, que vai além da música, irradiando movimentos, tecendo todos os gêneros, dançando na corda ou em cima da lona do circo. Mas pra mim ele é malaco agitadeiro, subvertendo gostos, desgostos e maus-gostos. Livre, talentoso e valente.
Como todo malandro tem que ser.

Repertório do CD "Casa de Malandro"
1. Bossa, Choro, Samba e DNA
2. Sarará?
3. Camafeu
4. João, no Credicard Hall
5. Casa de Malandro
6. Fã
7. Pequena pausa (Parou por quê?)
8. Não se deixe derrubar
9. Chorinho do choro
Reedições (bônus)
10. Saudoso Barracão
11. Samba da Coragem
12. Pisando Macio (Monalisa)
13. Filosofia de Bar



?CASA DE MALANDRO?

Na linguagem do samba, ?malandro é aquele malaco que quebra o côco mas não arrebenta a sapucaia. Não chupa mel, masca abelha. Malandro não vacila, não esquece; dá um tempo.? Chico Buarque imortalizou o termo em sua maravilhosa Ópera do Malandro. Malandro é o artista, poeta, sambista, cantor, compositor, arteiro, boca-livre, galanteador, aquele que é cara de pau sem perder a compostura. Que no passado, quando ainda não havia a profissionalização e grandes cifras envolvidas, ele sobrevivia com sua arte, sua ousadia, surpreendendo a platéia com seus galanteios, poesia, emoção, riso, tristeza: a malandragem...
Queremos com este trabalho resgatar alguns dos maiores malandros da MPB, mais particularmente aqueles presente no choro, no samba e na bossa nova. Uma verdadeira viagem com a malandragem... Importante ressaltar que citamos nominalmente muitos deles, quer como parte de texto (na canção Samba da Coragem, por exemplo), quer como parte da letra da própria canção, nas demais. Poderíamos chamar de sambas (e um baião-maxixe) metalingüísticos ? pois trata-se de música que fala de música e de músicos, chamados aqui, carinhosamente de malandros.


Contabilizamos alguns números: 13 canções, 9 inéditas, 171 (número do código penal referente ao estelionato) lembrado na canção Filosofia de bar e 60 malandros citados nominalmente.... Alguns foram repetidos mais de uma vez. Reconheço; faz parte da malandragem...

As canções originais, iniciais, foram gravadas de agosto de 2009 a março de 2010 no Apache Estúdio, sob a batuta de um músico muito especial, Celso Rocha, ex- Bando de Maria. A produção musical, as cordas e os arranjos foram do genial Marcos Vinícius de Moraes (também, com esse nome...) a percussão de Maycon Araki.
O tempo e os temas em comum contribuíram para acrescentarmos 4 canções gravadas anteriormente, na intenção de completar o trabalho e levar, eventualmente aos novos amigos, algumas canções de outros trabalhos já realizados individualmente e em parceria, respectivamente presentes nos CDs ?Antes bem acompanhado? (1996) e ?Thim-thim: um brinde ao choro?, com o grupo Cochichando & Cia (2007).

A maioria das canções são de autoria de Hermes Petrini, exceto Camafeu (parceria com Nina Petrini), Samba da coragem (parceria com Emílio Moreti), Pisando macio (Monalisa) ? (parceria com Marco Abreu de Moraes) e Saudoso Barracão, de autoria de Caio Silveira Ramos.

Parceiros:
? Marcos Vinícius de Moraes - na produção musical, nos arranjos, violão de 6, de 7, bandolim e cavaquinho
? Maycon Araki- na bateria e percussão (surdo, tan-tan, caxixi, ganzá, cuíca, caixa, agogô e reco-reco)
? Marcus Godoy ? Violão de 7 e baixo elétrico
? Carina Neder Petrini ? na composição de Camafeu (Ave-vida), voz e coro
? Marina Beraldo Bastos ? nas flautas
? Maria Beraldo Bastos ? no clarinete e no coro
? Ely Porto Neto ? no trombone
? Eduardo de França Helene ? na gaita
? Lú Garcia - vocal
? Cintya Soares Ferraz - vocal
? Vera Bortolazzo Correr- vocal

O Músico Hermes tem também outros CDs: "Antes bem acompanhado " (1996), "CANTA QUE O BEM ESPALHA- terapias e alternativas" (feito para a Terapia Comunitária, TC - 2006) e "Thim-thim - um brinde ao choro, com o grupo Cochicando & cia - 2007".

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