Isqueiro do Nero
Composição: Victor Medeiros.Claro como um breu ateu
Tenho umas garrafas... Tudo meu
Levo na idéia um breve eu
Penso, logo existo. Será que sou incrível?
Engulo enjoado água potável
Será que meu plano é tão notável?
O fogo inevitável
Tenho um isqueiro, foi Nero quem me deu.
Canalhice, Por que eu?
Mundo sujo, casa limpa.
O fogo engole e mata o primata
que tá solto na cilada
Agora é cinza e pouca brasa
Risco um fósforo e lembro depressa
Tenho um isqueiro que esquenta a beça
Dez mil do Kelvin, mais dez do Celsius
Quero o desprezível, irreconhecível.
Eu tenho o isqueiro do Nero
E pouca pacia pra esperar
Mas deixa que eu conserto, esse maldito castelo
Com muitas cinzas, porque o meu mentor Nero