Se te lembrar como eu, da infância, onde viveu, Na ingênua fantasia... Sabe o que é recordar, ter vontade de voltar Ah meu Deus, como eu queria... Abro o meu coração, voo na imaginação sem perder a alegria A lembrança é uma história sempre em minha companhia... Velha cerca do curral, cocho pra se pôr o sal Onde o gado lambia... O mugido incessante quando ali naquele instante A vacada reunia... A poeira levantada que eu já via pela estrada e agora se amplia Ou lama acumulada nos dias que ali chovia... Na minha tela mental o arvoredo do quintal, Brincadeiras que surgiam... Por ali agora estar em recesso escolar Criançadas reuniam. Posso até ouvir a voz de meus pais ou meus avós a chamar com energia, No momento que a noite já vinha cobrindo o dia... Um fogão de lenha tinha, no calor que dele vinha, Da friagem me esquecia... Era bom ouvir as prosas, quanta coisa apetitosa Minha avó oferecia... Hoje os anos se passaram muitos deles nos deixaram, marcas que me contagiam Nessa forma de voltar reviver essa magia...