PODE PARECER MENTIRA, HISTÓRIA DE PESCADOR MAS EU NÃO CONTO MENTIRA É VERDADE SIM SENHOR SOB A SOMBRA DA PAINEIRA SEMPRE BRINCA O BEIJA FLOR QUANDO A PRIMAVERA VESTE O SERTÃO COM SUA COR DE MANHÃ O SOL CLAREIA BEIJA SUA TERRA AMOR TÔ MORANDO NA CIDADE, MAS ESSA TRISTE SAUDADE MORA NESSE CANTADOR UM RIO MANSO REFRESCA A TARDE QUANDO É CALOR CANTANDO ÀS SUAS MARGENS UM PASSARINHO CANTOR VIOLEIRO E VIOLA MELODIA E TROVADOR O ARTISTA E A ARTE, AS RAÍZES DE VALOR SE O “SINHÔ” NÃO VIU, NÃO SABE, VÁ LÁ VÊ NÃO ACABOU AS CORES DA NATUREZA O MILAGRE DA BELEZA QUE A MÃO DIVINA PINTOU PRESO NO BRILHO DA LUA O MEU OLHAR JÁ FICOU POR CAUSA DE UMA MORENA ESSE CAIPIRA CHOROU MAS A SOLIDÃO NÃO NASCE ONDE ALEGRIA BROTOU EU CANTEI PARA AS ESTRELAS LOGO ESSA DOR PASSOU O MEU SERTÃO É REMÉDIO PARA PEITO SOFREDOR QUEM CANTA A TRISTEZA ESPANTA POR ISSO O CAIPIRA CANTA PRO SERTÃO QUE LHE ENSINOU QUEM NÃO CONHECE A BELEZA DE UM CAFEZAL EM FLOR PARECE UM TAPETE BRANCO QUE A NATUREZA BORDOU O ARROZAL NO BANHADO COR DE OURO MADUROU MAS VALE BEM MAIS QUE O OURO NAS MÃOS DE QUEM LHE PLANTOU O AMOR SEMEIA A SEMENTE NA TERRA QUE PREPAROU A ESPERANÇA GERMINA ENCHE O SERTÃO DE VIDA POR ISSO SERTÃO EU SOU UM DIA AINDA LHE MOSTRO A TERRA QUE ME INSPIROU UMA VIOLA QUE FALA E UM VIOLÃO CHORADOR EM NOITES DE LUA CLARA, EU CAIPIRA SONHADOR RISCAVA NO CHÃO OS VERSOS QUE O CORAÇÃO ME FALOU MEU “SINHÔ” LÁ NÃO IMPORTA SE É POBRE OU SE É DOUTOR MINHA TERRA É CASA ABERTA QUE ACOLHE NA HORA CERTA FOI ASSIM QUE ME CRIOU