No Mato Grosso do Sul, na região de Coxim Lá na fazenda Segredo, às margens do Taquari Recordei minhas andanças, num tempo que é se igual Meu tempo de boiadeiro na terra do pantanal O toque do berranteiro parece que posso ouvir E o cheiro da poeira, chego até mesmo sentir A contagem da boiada na saída pro estradão O polaco tilintando e minha tralha de peão Um laço de doze braças e minha calça de couro Argolas todas de alpacas, que pra mim era um tesouro Sobre um pelego macio, baldrana feita em vaqueta A minha chilena tinha sete pontas na roseta A minha chilena tinha sete pontas na roseta Eh, eh, eh, eh boi... Já se foi minha boiada, mas a saudade não foi Eh, eh, eh, eh boi... Já se foi minha boiada, mas a saudade não foi Recordo a comitiva, o capataz e o ponteiro No meio, os rebatedores, atrás vinha os culatreiros O cozinheiro seguia com a bruaca na frente Fazer a queima do alho e esperar pela gente A brasa que na fogueira no ponto de pouso ardia A viola e o catira completando a cantoria Os passarinhos cantando, no romper da alvorada O café preto no bule e a tropa já formada O café preto no bule e a tropa já formada Eh, eh, eh, eh boi... Já se foi minha boiada, mas a saudade não foi Eh, eh, eh, eh boi... Já se foi minha boiada, mas a saudade não foi