João Daniel Maia

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Nascido em 1988 em Maceió/AL, filho do radialista Humberto Maia e da orientadora educacional, Maria José Batista, Daniel Maia desde cedo já apresentava o gosto pela música.

Aos 12 anos de idade daria os primeiros acordes no violão, influenciado por amigos do bairro do Feitosa. Com a mãe, aprendeu a concatenar palavras em versos. Do pai, Daniel herdou a influência dos ritmos nordestinos. Os primeiros passos na música ganharam contorno com as influências dos programas musicais na televisão, principalmente do canal MTV, responsável por revelar uma nova geração de artistas brasileiros no novo milênio.

Em 2006, Daniel junta-se a um grupo de amigos de Maceió interessados em reggae e forma com eles a banda Meditação, um protótipo do que seria a Banda resistência no ano seguinte.

Com a Banda Resistência dividiu o palco com artistas do gênero de grande relevância nacional, como Tribo de Jah e Vibrações e internacional, dentre eles Dom Carlos, The Wailers (Jamaica), Dread Mar I (Argentina), Katchafire (Nova Zelândia). Participou ainda do evento beneficente Reggae Solidário de 2010, com a finalidade de arrecadar fundos para as vítimas das enchentes de Alagoas. No mesmo ano, enquanto integrante da banda, participou da XII edição do Festival de Música do Sesc (Femusesc), com a música Negro, de sua autoria. Este último episódio representou um divisor de águas na carreira de Daniel Maia, que despertou a vontade de se conectar com outras concepções artísticas e seguir carreira enquanto compositor.

Escritos, versos soltos, melodias vagas eram feitos em 2011. Fruto dessas tentativas foi concebido o xote Abra os braços, arranjado pelo acordeonista alagoano Xameguinho, no intuito de concorrer à XIII edição do Femusesc. Embora a música não tenha se classificado para o festival, ainda no mesmo ano, o single passou a ser executado nas programações das emissoras maceioenses de rádio.

O contato com os ouvintes de rádio trouxe, aos poucos, reconhecimento e estímulo para compor ainda mais.

Em 2013, Daniel Maia passa a residir em Juiz de Fora/MG para se dedicar ao Jornalismo. A fase de descobertas contribuiu para a composição de O bairro do Reginaldo. A faixa foi gravada em Maceió com arranjos de Xameguinho e pandeiro de Fran Oliveira, e repercutiu na periferia e entre o público de forró pé-de-serra de Maceió.

A partir desse reconhecimento foi-se iniciado um processo de amadurecimento de pesquisa e dedicação aos ritmos nordestinos, onde toda bagagem musical já adquirida do ritmo jamaicano, das ruas, da televisão, dos rádios, foi unificada à referência de Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Dominguinhos, Mestre Zinho e tantos outros expoentes da cultura popular brasileira.

Em 2015, já envolvido com a sonoridade regional, Daniel Maia continua a vivência musical com Xameguinho. Fruto dessa nova etapa é o single Brinquedo de Cera, classificado no 6º Festival de Música da Ufal (Femufal) cuja apresentação foi realizada no Teatro Gustavo Leite (Centro de Convenções de Maceió), em junho do mesmo ano.

Ao final de 2015, o compositor alagoano compartilhou oficialmente o seu 1º Álbum denominado Forró de Primavera, com 15 faixas autorais, incluindo as primeiras músicas gravadas, O bairro do Reginaldo e Abra os braços. O disco pode ser adquirido nas principais bancas de revista de Maceió e, ainda, por meio sua página no Facebook, Daniel Maia.

O formato artesanal do disco remonta a uma sonoridade acústica, dispondo da zabumba de Edinho Vovô, dos solos da flauta de Gama Junior, e das batidas marcantes do violão de Daniel. Além disso, a obra conta com uma ficha técnica que é referência em se tratando de musicalidade nordestina.

Ainda do ponto de vista sonoro, a obra traz o frescor harmônico que inspira paisagens floridas, marca da sanfona do atalaiense Xameguinho.
Já nas letras, a temática do álbum se traduz em composições lúdicas e explora vocábulos e entonações que expressam aos costumes do povo nordestino. Ainda assim, Forró de
Primavera traz consigo situações urbanas, principalmente ao abordar os dilemas sociais, propositalmente, em um pano de fundo suave.

“Em 2016, a perspectiva é ampliar os laços entre o público, por meio de concertos dentro e fora do estado, ao mesmo tempo, com o interesse de respeitar e difundir as manifestações culturais nordestinas, e propor novos olhares artísticos em se tratando de música brasileira, originalmente fabricada em Maceió”, expõe o compositor.

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