Ira
Composição: João Pedro & Cristiano.Ira
Assim na roça e perto da minha casa tinha um tal tipo Brasa filho de Maria Pira
Maria Pira casada com João Otavio conhecido homem bravo no sertão de tanta ira
O chico brasa foi crescendo e foi sentindo seu instinto de menino pedindo pra viajar
E quando mais ele crescia e ia vendo que o sertão era pequeno ele queria aventurar
Seu pai dizia em sua ira desse sertão ninguém me tira
Seu pai dizia em sua ira desse sertão ninguém me tira
Belo dia perto daquela fazenda foi morar uma pequena de um modo de lua clara
Pele morena linda da cor de canela uma deusa tinha ela uma beleza tão rara
Mas o destino preparou uma surpresa e pela mesma beleza dois centímetros de uais
E o olhar que tinha mais que o brilho transformava pai e filho em dois valentes rivais
E Joao dizia em sua ira essa mulher ninguém me tira
Chico dizia em sua ira essa ninguém me tira
E Chico Brasa reconhecendo o perigo levando a moça consigo fugiu para capital
Obedecendo as ordens do coração jurou que para o sertão não voltaria nem a pau
Quando o Joao ficou sabendo dessa fuga encheu o rosto de ruga e de barro cinturão
Se esquecendo que o rival era seu filho pois o dedo no gatilho e o ódio no coração
Matou o filho e matou a rapariga quando não quer dois não briga a sua filosofia
Rumou de volta pro sertão de Tandaira e agora ninguém me tira dessa sua sela fria
No coração de todo igual sertanejo ficou dúvida e medo desespero e revolta
Prisioneiro da sua própria consciência se não existe inocência não tem esse e solta
E no sertão agora o João vive sozinho feito um velho passarinho que já não pode voar
Porque é preso todo homem quando erra consciência feito terra que não se pode plantar
João tava certo em sua ira desse sertão ninguém me tira
João tava certo em sua ira seus sentimentos são mentiras
Lêlêrê