Dupla blumenauense John & Luan aproveitou a mistura de ritmos
do gênero para lançar carreira

A tendência do sertanejo universitário vem conquistando, nos últimos anos, verdadeiras multidões. Com arranjos baseados em violão, viola, guitarra, baixo, bateria, teclados e sanfona, essa variação do sertanejo – que faz uso de elementos do pop, do rock, do forró e do axé – é hoje um dos sons mais tocados em casas noturnas e mais ouvido por uma faixa etária que varia dos 25 aos 44 anos. Em sua maioria, os ouvintes são pertencentes às classes A, B e C. Além disso, segundo pesquisa da Target Group Index, 47% dos brasileiros que escutam rádio o fazem para ouvir música sertaneja.

Levados por esse ritmo e pelo crescente sucesso que esse cenário projeta, a dupla blumenauense John & Luan, em 2010, entrou para ficar neste expoente musical e lançou seu primeiro disco, “Medo de Amar”. Unidos pelo amor à música, os cantores revelam que viram na mistura de ritmos do sertanejo universitário uma ótima oportunidade para deslanchar no ramo. “O que inspirou a dupla foi, de fato, essa nova tendência, pois somos ecléticos no gosto musical. Essa junção de ritmos que formou o sertanejo universitário combinou muito com nosso jeito de ser, de cantar e de agir” – afirma John.

A receita de John & Luan deu certo. Há um mês, a dupla, que já virou hit na região, lançou o segundo disco da carreira, “Homem Objeto”. O CD foi gravado em Goiânia e conta com a participação especial da dupla Dany & Rafa na faixa “Na balada sou o tal”. A produção é de Janderson Paiva (gaiteiro da dupla Victor & Leo). Apostando em novidades, os artistas ainda gravaram, inclusive, um remix da música de trabalho “Homem Objeto”, um arrocha que contagiou o público que, prioritariamente, aposta em canções dançantes e é atraído pelas letras que falam sobre relacionamentos.

Independemente das previsões midiáticas que, por sinal, são boas – em 2011, a indústria fonográfica comemorou o aumento de 8,4% na venda de CDs, DVDs e música digital em relação ao ano anterior – a dupla quer avançar no mercado musical e pretende mostrar seu trabalho em outras regiões do país, especialmente nos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais e Goiás. Além disso, os parceiros também contam com uma generosa agenda de shows, principal fonte de renda dos artistas do meio. “Levamos muita alegria e diversão aos palcos, procuramos contagiar o público sempre” – comenta John. “Hoje o sertanejo universitário virou eclético, com reggae, eletrônico, funk, etc. Tentamos levar essa mescla e entreter e cativar a plateia para que se divirta bastante” – completa.


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