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Jorginho Cruz

Jorginho Cruz

EstiloSertanejo
Cidade/EstadoSão Paulo / SP
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NELORE VALENTE

Composição: Sulino / Antonio Carlos.
Na fazenda que eu nasci, vovô era retireiro Bem criança eu aprendi, a prender o gado leiteiro Um dia de manhanzinha, vejam só o desespero Tinha um bezerro doente, e a ordem do fazendeiro Mate já esse animal, e desinfete o mangueiro Se essa doença espalhar, poderá contaminar O meu rebanho inteiro Eu notei que o meu avô, ficou bastante abatido Por ter que sacrificar, o animal recém nascido. Nas lágrimas dos seus olhos, eu entendi seu pedido Pus o bichinho nos braços, levei pra casa escondido Com ervas e benzimentos, seu caso foi resolvido Com carinho eu lhe tratava, e o leite que o patrão dava Com ele era dividido Quando fazendeiro soube, chamou o meu avozinho Disse você foi teimoso, não matando o bezerrinho Vai deixar minha fazenda, amanhã logo cedinho Aquilo feriu vovô, como uma chaga de espinho Mais há sempre alguém no mundo, que nos dá algum carinho E sem grande sacrifício, vovô arrumou serviço Ali no sítio vizinho Em pouco tempo o bezerro, já era um boi erado Bonito, forte, troncudo, mansinho e muito ensinado Automóvel do atoleiro, ele tirava aos punhados Por isso na redondeza, ficou bastante afamado Até que um dia a noitinha um homem desesperado Gritou pedindo socorro, seu carro caiu no morro Seu filho estava prensado O carro da ribanceira, o boi conseguiu tirar O menino estava vivo, seu pai disse a soluçar Qualquer que seja a quantia, esse boi eu vou comprar Eu disse ele não tem preço, a razão vou explicar A bondade do vovô veio seu filho salvar Esse nelore valente é o bezerrinho doente Que o senhor mandou matar

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