Fandangueando Com a Morena
Composição: Aldo Couto Gonçalves e Júlio Cézar Leonardi.Espicha e empurra, seu gaiteiro não se encolhe, rasga esse fole, que eu não paro de dançar;
vou fandangueando com a morena lindaça, não tem nada que me faça parar de me saracotear.
Trabalhei duro, dei pinote, levei tombo, suei o lombo pra juntar algum trocado,
para encontrar minha morena dançadeira e me desmanchar na vaneira, num surungo animado;
danço milonga, chamamé e contrapasso, acerto o passo numa valsa, a rodopiar,
chacoalho o corpo no bugio e na rancheira, mas é mesmo na vaneira que eu me pego a corcovear.
Espicha e empurra, seu gaiteiro não se encolhe, rasga esse fole, que eu não paro de dançar;
vou fandangueando com a morena lindaça, não tem nada que me faça parar de me saracotear.
“Alô, Aldo Couto Gonçalves! Obrigado por mais esta parceria!
Um abraço, meu irmão! E vamos fandanguear com a morena!”
Espicha e empurra, seu gaiteiro não se encolhe, rasga esse fole, que eu não paro de dançar;
vou fandangueando com a morena lindaça, não tem nada que me faça parar de me saracotear.
A noite é curta, seu gaiteiro, desce o braço, dê-lhe gaitaço, não deixe o baile parar;
em cada marca, aperto mais essa chinoca; enquanto o gaiteiro toca, vou dançar e balançar;
e quando o sol entrar nas frestas do galpão, meu coração sabe que chegou a hora
de despedir da morena que me encanta e esperar que outra bailanta chegue logo, sem demora.
Espicha e empurra, seu gaiteiro não se encolhe, rasga esse fole, que eu não paro de dançar;
vou fandangueando com a morena lindaça, não tem nada que me faça parar de me saracotear.