Não minto outra vez (nunca outra vez) Foi a uns 10 anos atrás, eu ainda morava com os meus pais Foi como ouvir da boca do meu pai: a verdade não me satisfaz Ele aprendeu um pouco antes, tinha suas próprias histórias interessantes E resolvia qualquer problema, porque inventava em poucos instantes A mentira corre em mim, a mentira me ajudou A mentira fez tudo ser um filme e eu não sou bom ator Não minto outra vez, nunca outra vez, nunca outra vez Só se dessa vez for pra sobreviver Igual daquela vez Não minto outra vez, nunca outra vez, nunca outra vez Só se dessa vez for pra sobreviver Igual daquela vez (nunca outra vez, só dessa vez, não minto outra vez, só dessa vez) Mas daí eu fui vivendo e vendo as pessoas mentindo demais (demais) Inventando demais, falando demais A criatividade ilimitada criando demais (demais) Esperei coisas que nunca chegaram Fingi momentos que ficaram pra trás (pra trás) E vi dessa vez que a mentira era eu e eu era a mentira E nunca ia ter paz (ter paz) Eu contava mentiras, inventava passados, explicava as pessoas Qual a relação que eu deveria ter com a minha própria cabeça Que a qualquer coisa, inventa mil histórias Decidi hoje, mesmo que eu esqueça Que eu vou tentar ser de verdade e tentar viver nessa (não minto outra vez) Não minto outra vez, nunca outra vez, nunca outra vez Só se dessa vez for pra sobreviver Igual daquela vez (vez, vez) Não minto outra vez, nunca outra vez, nunca outra vez Só se dessa vez for pra sobreviver Igual daquela vez Só mais uma vez, nunca outra vez Mais uma vez, nunca outra vez Só se dessa vez for pra sobreviver Igual daquela vez Só mais uma vez, nunca outra vez Mais uma vez, nunca outra vez Só se dessa vez for pra sobreviver Igual daquela vez Não minto outra vez, nunca outra vez Não minto outra vez, nunca outra vez (só dessa vez) Só se dessa vez for pra sobreviver Igual daquela vez (não minto outra vez, só dessa vez) Não minto outra vez