Lado Obscuro

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Cidade/EstadoSão Paulo / SP
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Juventude Perdida

Composição: Soneca.
A vida é embaçada realidade é dura demais / relembro o passado e o que ficou pra traz. Muita zuera desavenças, várias tretas falsas amizades / e irmãos de verdade. A gente se divertia mesmo sem ter dinheiro / jogando bola na chuva e cabulando aula. Foi uma infância da hora, mas tudo mudou / num presente violento, pois a vingança. Predomina e hoje tem que saber andar evitar / treta, muito menos dever, ser consciente. Pra sobreviver, muitos nem querem saber, a qualquer hora podem morrer em busca do poder. Estão distantes da paz, espertos demais / ainda não aprenderam com a lição. Quem é esperto demais se torna um vacilão, então, fique atento aos fatos que você vê ao seu redor. Ou não serve de lição a morte de nossos irmãos / revoltados por não terem oportunidade. Considerados fracassados pela sociedade que, mais tarde foi atacada pela criança que cresceu. Com o ódio na mente começou a roubar / se não for do jeito certo é de outro. Violência é a vingança, de quem viveu no sufoco / e no presente esta dando o troco. "REFRÃO" Juventude Perdida essa é a herança, manos mortos outros presos muitos que vivem de esperança. O que vamos fazer com nossas crianças / com nossas crianças. Quando eu vejo um mano do passado que está bem / fico aliviado por não ter desandado. Pois muitos outros que estiveram ao meu lado desandaram, e a tristeza prevaleceu ao saber. Da notícia de cada morte que foram várias / o sangue jorra em nossa área. A violência está na mente e na disputa pelo poder, irmãos se matam por dinheiro, maldade espalhada. As drogas unem e desunem nossos camaradas / pode-se viver sossegado ou não. Pouca descontração, troca de tiros no salão / muitos matam por diversão, e contínua. A matança descontrolada com mães desesperadas / mulheres desoladas. E crianças revoltadas por perderam seus pais, elas vão se vingar onde esse mundo vai parar. A violência não vai parar tão cedo / a maioria não ta nem ai com o que pode acontecer. Não tem medo de morrer, e o desespero / só bate na hora de pagar o preço à própria vida. Juventude sem saída, é todos já foram criança / já se divertiram como eu. Mais muitos fizeram parte da Juventude Perdida / não acordaram a tempo, aí ... "REFRÃO" Pode crê, Vila Arapuá que sina / vários velórios e prisões viveu em sua rotina. Muitos manos se foram e do meu tempo poucos estão bem, sinto saudade dos manos do passado. E tanto lá como cá o que eu vejo de fato / é a violência, que está por todo lado. Ipiranga, no Heliópolis e de São João Clímaco / e várias outras quebradas, pode crê. São bons exemplos das escolhas que se pode ter, como em todo lugar você tem que escolher. Cuidado se escolher o lado mais fácil pois cedo / ou tarde você, será assassinado. E essa foi à herança que a molecada cresceu / recebeu a maldade nua e crua das ruas. Onde o objetivo de quem quer nos eliminar, está sendo conquistado, é só acompanhar. Os fatos eu não quero que meus filhos passem por isso, e que a juventude do futuro não seja igual a minha. Mais é muito difícil se cada vez mais cedo, as crianças aprendem a escolher o seu caminho. Que nem sempre é bom, nem sempre é difícil / o difícil é viver nessa vida perdida. Só quem vive nela pode dizer, não julgue / sem saber, pode crer. "REFRÃO"

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