Eu não suportei mas bem que tentei, me esforcei bastante para chorar. Mas foi tudo em vão o meu coração, vive tão triste neste lugar. É grande a saudade ao lembrar de antes quando eu pescava la no regato. Eu era feliz todos os dias, sorrindo e cantando dentro do mato. lembro da minha casinha e o gado na frente meu pai na porteira olhando contente. Do banco que eu deitava de noite contando as estrelas. Cadê a vaca mimosa e meu alazão, cadê minha espora o jaleco e o gibão. Não tenho mais nada é por isso que chora o meu coração. Hoje eu vivo nesta cidade só com a saudade do meu bom sertão. De quando eu ia casar la no mato, com minha espingarda e o velho facão. Do meu bom cachorro jamais eu esqueço aquele era amigo pra toda hora. O tempo passou até hoje me lembro, da namoradinha que eu tinha na escola. lembro da rede armada la na varanda, a noite a gente cantava ciranda. E meu pai sentado no banco fumava um cigarro de palha. Posso até ver minha maezinha chorando na porta. Pensando em mim esperando a volta do filho querido. Jamais esquecido que um dia partiu. Nesta cidade tudo é diferente, eu sei que tem gente feliz por aqui. Mas o luxo não tira minha saudade la do pé da serra onde eu nasci. Que Deus me ajude mas eu vou embora, logo eu quero esta bem distante. Prefiro a vida mais simples da roça do que o corre corre da cidade grande. Eu fui mais um caipira enganado a si mesmo que felicidade compra com dinheiro. Mas logo entendi que bem longe daqui eu já fui mais feliz. Eu sou mais um sertanejo deixando a cidade daqui eu não levo nem uma saudade. Aló meu sertão, tou com as malas na mão, logo chego ai.