Pernilongo Imaginário
Composição: Léo Nascimento E Paulo Valle.Pernilongo imaginário - Léo Nascimento e Paulo Valle
Sabe aqueles dias que a gente acorda apreensivo, nervoso, sem saber o que incomoda
Cabeça distante, pescoço na corda. Pensando em tudo aquilo que não concorda
Discursos dementes, discussões doentes. Razões e achismos, abismos de "ismos"
Bandeiras de acasos e pensamentos rasos
Verdades de papel, educação a granel. Hashtags ideológicas, lógicas utilitárias
Uma nação dividida entre espertas e otárias
A fé excludente, a mente bovina. A felicidade enlatada, branca como cocaína
Histeria coletiva, decisiva postura. Modismos, entretenimentos, disfarçados de cultura
As poses e os sorrisos, Narcisos sem espelhos. Hipocrisias inflamadas cheias de conselhos
Podes crer. Eu sei que estou falando um monte de bobagem E que a vera nada disso é realidade.
Você se coça como um cão sarnento, com vontade
Mas quem te fere é a unha podre da maldade
Podes crer, que sacanagem. Podes crer, que sacanagem.
Todo mundo exige condições decentes. Que sejam justos, honestos e eficientes
Mas na primeira chance passam na sua frente. Só os direitos, sem deveres, pra ficarem contentes
Inversão de valores, tomam as dores. A falsa democracia, maldita meritocracia
Imposição partidária, atitude ordinária. Lições de ódio, replay do episódio.
Mundo paralelo O elo da solidão. A terra encantada onde todos tem razão.
Vida superficial. Essencial perigo.Os olhos sempre voltados para o próprio umbigo
Verdades maqueadas contadas sem medo. Fatos distorcidos ganham novo enredo
O chumbo trocado, o lado errado. O certo incerto aguenta calado