O CHEIRO DO SERTÃO. LÉO POETA/ONILDO BARBOSA SINTO SAUDADE DA TERRINHA ONDE EU NASCI, ONDE VIVI PROTEGIDO POR MEUS PAIS VOANDO LIVRE FEITO UM PÁSSARO AO CÉU ABERTO SEMPRE COBERTO DE AMOR CONFORTO E PAZ AGORA VIVO DIFERENTE DO PASSADO MORO IMPRENSADO NUMA CASA EM UMA ESQUINA TÃO PEQUENINA QUE SE PARECE UM BARRACO O VENTO FRACO DERRUBA O QUE TEM ENCIMA. A MINHA TERRA MUDOU HOJE É DIFERENTE TEM MUITA GENTE QUE JAMAIS LHE ABANDONA ALGUÉM DETONA DIZ É TERRA DE BOCÓ MAS É MELHOR ATÉ DE BAIXO DE UMA LONA. TEM NORDESTINO QUE SAIU DE SUA TERRA SEU PÉ DA SERRA DEIXOU LA ABANDONADO FICOU MARCADO POR TANTA DIFICULDADE NÃO TEM SAUDADE NEM RETORNA AO PASSADO MINHA CULTURA FAZ PARTE DE MINHA ESSÊNCIA MINHA EXISTÊNCIA FAZ PARTE DESSA CULTURA É UMA LOUCURA ESQUECER O SEU PASSADO PRA VIVER SUBORDINADO ENFRENTANDO A VIDA DURA TEM MUITA GENTE EXPLORANDO SEU LEGADO PRA SER LEMBRADO PELO QUE FOI MAS SEM SER POSSO DIZER QUE PARA MIM É TRAIÇÃO CANTAR SERTÃO SEM DE SERTÃO ENTENDER SEJA NORDESTE, SEJA SERTÃO, SEJA GONZAGA, ETERNO REI DO BAIÃO. SER DO NORDESTE CHEIRA A SERTÃO, FEITO GONZAGA ETERNO REI DO BAIÃO.