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- Desata o nó90.955 plays
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- 03:22Le Raleh - Tá na Moda202.252 visualizações
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Release
por Tony Bellotto
Se o Sex Pistols afirmava que não havia futuro na Londres sombria de 1977, a Le Raleh garante que ele também não existe no Rio ensolarado de 2013.
“O futuro acabou de começar e terminar”, canta a banda carioca numa de suas canções. Se a positividade da Le Raleh não tem nada a ver com o desencanto do punk, sua música mantém a crença em viver cada momento como se fosse o último.
Se Chuck Berry foi uma referência para as grandes bandas de rock dos anos 1960, Benjor e outros Jorges são inspiração constante para a Le Raleh.
“E como já dizia Jorge Maravilha, prenhe de razão, mais vale uma filha na mão do que dois pais voando”, cantam com muita malandragem em sua brilhante recriação da música de Chico Buarque.
Mas o que é a Le Raleh exatamente?
É a banda do João Felipe, do Dudu Kaplan e do Henrique Pernambuco, três caras que sacaram que o verdadeiro pop tropical estava escondido debaixo do tapete do samba.
No melhor espírito carioca, o nome da banda soa ao mesmo tempo como uma brincadeira e uma reflexão: Le Raleh se traduz como uma ralé de sotaque francês.
Se existe uma ponte para unir a cidade partida, muitos de seus tijolos podem ser encontrados no disco da Le Raleh.
Se a Le Raleh fala em suas canções das vivências e dos amores de seus integrantes, a grande musa da banda é a cidade.
E João Felipe, Dudu e Henrique não disfarçam sua paixão pelo Rio.
“Rio de Janeiro, minha praia, meu canteiro”, diz uma das músicas do grupo, numa manifestação contundente de sua carioquice.
O que seria de Bob Marley sem a Jamaica?
Le Raleh faz lembrar da Bossa Nova, quando garotos cariocas misturaram samba e jazz para criar uma nova linguagem musical. A falta de preconceito musical da Le Raleh proporciona uma mistura original de samba, rock e reggae que vale a pena ser ouvida. A não ser que, como dizem eles, num dia de sol, numa tarde de domingo, você ache normal continuar dormindo…