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Ligi Periférico

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Cidade/EstadoBelo Horizonte / MG
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Buddy MC & Ligi Periférico - Da Oeste Pro Mundo

Composição: Edvaldo Buddy Mc, Lincoln Juan Oliveira Silva.
(Buddy Mc) Tacando fogo no circo, quebrando paradigmas, desde 89 na pista, contrariando as estatísticas. Na saga sem pausa de conquistar o que quero, comemorar minha vitória sem ter que empunhar um berro. Eu sei que posso chegar, sem ter que ouvir desaforo, trilhar sentido ao pódio, rumo aos pote de ouro. Cê vê que trago no peito meu verdadeiro tesouro, um sorriso na cara pra me erguer do sufoco. Apesar da pouca idade já tenho experiência, responsa e maturidade pra fazer a diferença, levei porradas da vida sem direito a clemência, aí cê vê que nosso fardo pesa mais que cê pensa, fuji de uns Bang errado que me oferece milhões, cifrão a guerra declarada que destroça nações. Geram vidas sem amor, congela corações, quem tá certo ou tá errado, treta de opiniões. Mais segue o baile né não? Veste a berma da cyclone, tem no pé tênis de mil e o mais moderno dos iPhone, preso a tecnologia corre igual uma parede, seus cordões umbilicais viraram cabo de rede. Corpos cheios de validade, pensamento vazio, várias Bruna Surfistinha pagando de Lauren Hill, que na verdade não passa de adolescente revoltada, perde o tempo na TV, eleitor do Bolsonaro. E de longe se vê o alto nível de demência, professor vira chacota, Anitta vira referência. Se ofendeu né chapa? Comigo é sem meio termo, abrindo os olhos da rapa, pra não ter mais enterro. Achei no Rap pra mim uma forma de desabafo, se for agir por vingança eu causaria um estrago, colher frutos sem plantar nunca foi essa minha meta, se for vitória sem mérito eu prefiro morrer na merda (Ligi Periférico) Da zona oeste pro mundo fantástico sem ser o de Bob, sem contar com a sorte no Hip Hop nós chega forte, sem sorriso na cara (que nada), sem simpatia, sem estourar champanhe, cheio de demagogia. Se eu quisesse sucesso mudava ideologia, cantava a moda declamando falsa poesia, vestiria camisa com vários rótulos, faria diss no ódio, pra atacar meu próximo. Colocaria no peito, com ego, honra ao mérito, dinheiro, sucesso, piranha, progresso. Um terno impecável dentro de um conversível, pronto pra receber o Oscar do vacilo, mais não foi isso, que eu aprendi, desde 90, caminhada sofrida, não perdi minha essência, não traí minha família corrompendo a conduta… Minha lealdade perpêtua, com a favela, com o gueto, com as tranca a milhão, pros menor aqui da vila, com as Bera na mão. Quem tá na recupera com sede de mudança, papai, invernadasso na Cracolândia. A escola tá aberta, sem corpo docente, tudo congestionado mais sem carro na frente. Sol estralando, mais tá tudo molhado, por fora de pé e dentro despedaçado. Aqui não tem Sexy Lady, não tem Candy Shop, tão vendendo o peixe e nós caindo no bote. O vício ainda existe, o crime persisti e eu, contando dinheiro em vídeo clipe. Que se dane o glamour, hotel 5 estrelas, importa é ver a rapa com comida na mesa, se pá sobremesa, domingo em família, em casa unida sem visita em Bicas. Sem treta com nenhuma quebrada, sem ter que correr quando os verme enquadra, com diploma na mão e uma namorada, guiado por Deus e pela bíblia sagrada, comum trampo de mil, no fone um bom Rap, sendo o super herói do seu pivete. Sim! É possível tá bem na sua frente, Ligi Periférico o mesmo ontem hoje e sempre (O mesmo ontem hoje e sempre…).

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