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Lila - A Rainha da Seresta
Cidade/EstadoSalgueiro / PE
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13- O ÉBRIO - DVD 30 Anos de Sucesso

Composição: Vicente Celestino.
Texto falado: “nasci artista, fui cantor, ainda pequeno levaram-me para uma escola de canto e o meu nome pouco a pouco foi crescendo, crescendo até chegar aos píncaros da glória! Durante a minha trajetória artística tive vários amores todas elas juravam-me amor eterno, mas acabavam fugindo com outros, deixando-me a saudade e a dor. uma noite, quando eu cantava a tosca, uma jovem da primeira fila atirou-me uma flor, essa jovem veio a ser mais tarde a minha legítima esposa. um dia, quando eu cantava a força do destino, ela fugiu com outro, deixando-me uma carta, e na carta um adeus, não pude mais cantar. mais tarde, lembrei-me que ela com tudo me havia deixado um pedacinho de seu eu, a minha filha, uma pequenina boneca de carne que eu tinha o dever de educar. voltei novamente a cantar, mas só por amor à minha filha. eduquei-a, fez-se moça, bonita... e uma noite, quando eu cantava ainda mais uma vez a força do destino, Deus levou a minha filha para nunca mais voltar. daí pra cá eu fui caindo, caindo, passando dos teatros de alta categoria para os demais baixos, até que acabei por levar uma vaia cantando em pleno picadeiro de um circo. nunca mais fui nada, nada, não! hoje, porque bebo a fim de esquecer a minha desventura, chamam-me ébrio., ébrio, ébrio, ébrio.” Tornei-me um ébrio e na bebida busco esquecer Aquela ingrata que eu amava e que me abandonou. Apedrejado pelas ruas vivo a sofrer. Não tenho lar e nem parentes, tudo terminou Só nas tabernas é que encontro um bom abrigo Cada colega de infortúnio é um grande amigo Que embora tenham como eu seus sofrimentos Me aconselham e aliviam o meu tormento Já fui feliz e recebido com nobreza até Nadava em ouro e tinha alcova de cetim E a cada passo um grande amigo que depunha fé E nos parentes confiava sim! E hoje ao ver-me na miséria tudo vejo então: O falso lar que amava e que a chorar deixei. Cada parente, cada amigo, era um ladrão; Me abandonaram e roubaram o que amei Falsos amigos eu vos peço imploro a chorar Quando eu morrer à minha campa nenhuma inscrição Deixai que os vermes pouco a pouco venham terminar Este ébrio triste e este triste coração. Quero somente que na campa em que eu repousar Os ébrios loucos como eu venham depositar Os seus segredos ao meu derradeiro abrigo E suas lágrimas de dor ao peito amigo.

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