Foice, enxada uma semente de esperança, Cacaio nas costas homens, mulheres e crianças, De peles lisas enrrugadas queimadas ao sol, Mãos calejados pela fatura do panhol, Quilômetros de pé estaca finca ao chão, Palhas de coqueiro que encobre o barracão, Chão batido fogão de barro o montoados de rede Água na cabeça para saciar a sede A resistência do humilde camponês, Que luta pelos sonhos resistindo a cada mês, Arroz feijão semeado esperando por chuva, O povo unido que revoluciona uma luta, Disposto pru trabalho pelo que de e vier, O pão compartilhado entre marias e joses, A bandeira erguida o logotipo do movimento, Ares soam ao horizonte ao soprar do vento Vamos la!!! Por que o futuro por aqui é escuro de mais... Escuro de mais A cada segundo os olhares em alerta Um sono raso um olho fechado enquanto outra fica aberta, Latifúndio sem piedade induz o doutor, Alvará pra matar livremente trabalhador, Chão enxarca sangue festa de jagunços, hk 47, faul calibres russos Intensos conflitos pm's renumerados, A complementação maior o que ganham do estado, Passam dias, meses e anos debaixo de lona, Secriam familias poucos os que da luta abandonam, Pfs com nissan, hilux e pajero, Um oficial de justiça a liminar de despejo, Terras beneficiadas para aqueles que nada produz, que matam a mata e são absolvidos ao pagar da luz, Desisti ?não!!! nem pensar!!! pode vim que tem Resistir, produzir esse é o meu povo de bem Vamos lá por que o futuro por aqui é escuro de mais... Escuro de mais Sobrevivendo na escasses cadê os direitos humanos? Condições sub humanas que a mídia passa o pano Paciência por aqui tem data de vencimento Mobilizar fazer ação e me destaca bardeneiro Não, não cansado de espera uma justiça lenta E uma autarquia corrompida que com.nada esquenta Enquanto sonhos de mil morrem outros dez mil resplandece Sem perder a coragem a sede de justa causa permanece Antes de julgar venha conhecer esse lado Não jugues não jugues para não serem julgados sofrimento suportado lágrimas derramado Vendo tudo que tinha em.barracos queimados Medo desespero lua cheia madrugada fria Correndo pelo mato só de a lembrar arrepia Mais essa luta não será em vão Na luta do povo não me canso e vou seguindo então...