Pra Um Maula Que Corcoveia
Composição: Paulinho Silva.Nasci pregado no lombo
Mas o pialo, as vezes
É uma questão de sorte.
O ginete!
Risca e arrisca o couro
Anda ali entre a vida e a morte
O aporreado!
Tá sempre encolhido
Prontito pra dá o bote.
Largo se queixando
Num tarde “mormacenta”
Parecia um “boi tá tá”
Sartando fogo das ventá.
Veiaqueando campo a fora
“Escramuça” abrindo buraco
Rebenque me faz costado
E a espora roça o sovaco.
Oito segundos de fama
De pura cepa e façanhas
“Embate” homem, cavalo
O mais taura sempre ganha
Trago essa sina de berço
Desde cedo, desde piá
Pode tocar a “campana”
Que logo ali vou apeiar.
{Pra um maula que corcoveia
Querendo me derrubá
Eu lhe apresento as “garra”
Fazendo me carregá.
Tá pra nascer um “beiçudo”
Que faça eu beijar o chão
Saco do “cabo forrado”
E dou-le pau com as duas mãos.}
Largo se queixando
Num tarde “mormacenta”
Parecia um “boi tá tá”
Sartando fogo das ventá.
Veiaqueando campo a fora
“Escramuça” abrindo buraco
Rebenque me faz costado
E a espora roça o sovaco.
Zóio tapado
Com fama de caborteiro
Corcoveou o dia inteiro
Loco pra me “pealar”
Mais eu sou da tropa antiga
Não refugo uma peleia
Dando bóia pras esporas
Deixei manso pra montar
{Pra um maula que corcoveia
Querendo me derrubá
Eu lhe apresento as “garra”
Fazendo me carregá.
Tá pra nascer um “beiçudo”
Que faça eu beijar o chão
Saco do “cabo forrado”
E dou-le pau com as duas mãos.}