Quando iniciei minha caminhada creio eu que, como todo cristão, não entendia o que o Senhor estava fazendo ou qual era o Seu propósito para minha vida, ao me levar, em agosto de 2005, para morar longe dos meus familiares em uma cidade no interior do estado de Goiás com apenas 6 (seis) mil habitantes. Àquela época era recém convertido, estava desempregado e estava prestes a ser pai mais uma vez. Então, em meio a vários questionamentos, me vinha na cabeça a seguinte pergunta: “Por que eu estava ali naquele lugar e nessa situação?”.

No início, Deus apenas me respondeu que eu estava fazendo a pergunta errada. Eu não precisava conhecer o motivo de estar ali (“Por quê?”), e sim para receber a minha missão (“Para que?”). Após alguns meses o Senhor me respondeu que eu estava ali para conhecê-lo, pois diante das várias lutas e provações passei a ter mais intimidade com Deus; o “meu deserto” passou a ser um lugar de encontro com o Senhor.

Em toda a minha trajetória de vida, a música sempre me acompanhou. Nasci em uma família de músicos, o qual meu pai, que é músico e arranjador da Banda Municipal de Uberlândia, exigia bastante disciplina e dedicação no estudo da música. Me formei no Conservatório Estadual de Música em saxofone e flauta transversal e estudei também piano, violão e bateria.

Durante a juventude, usava meus dons tocando no meio secular, porém sempre me sentia incomodado e percebendo que estava faltando algo, só não sabia ainda qual era essa ausência que angustiava tanto. A verdadeira alegria que diz a Palavra de Deus só chegou até mim quando usei o meu dom somente para adorar e exaltar o Senhor Jesus. No dia em que toquei meu primeiro acorde para Deus, prometi a Ele nunca mais tocar ou cantar no mundo. Sobre aquela angústia, hoje sei que acontecia porque não pertencia àquele lugar e que eu já era separado para uma missão maior e muito melhor.

Durante o tempo que estive em Goiás participei de um Ministério de Louvor e Adoração, no qual era baterista, mas Deus dizia ao meu coração que ainda não era o que Ele havia preparado pra mim, mas era onde Ele me queria naquele momento. Lá eu aprendi realmente o significado da palavra “servir”. Como já dizia GER E WILKES “Nenhum líder deve ficar de pé para liderar até que saiba o que é se ajoelhar para servir”.

Nos momentos de intimidade profunda com Deus, Deus me dava a visão de um grande Ministério inspirado pelo Espírito Santo, e nessa visão eu me via como ministro de louvor. A partir daí, para não ser feita a minha vontade e, sim a de Deus, comecei a pedir para Deus confirmar ao meu coração essa promessa. Lembro como se fosse hoje quando ministrei pela primeira vez: estava ministrando o hino “Milagres”, a voz não saía, os acordes do violão não soavam bem, esqueci por várias vezes a letra, ou seja, “humanamente”, foi um verdadeiro desastre, motivo até de risos e chacotas por parte de alguns irmãos, inclusive do próprio ministério de louvor. Mesmo assim, não desisti.

Quando voltei à minha cidade natal (Uberlândia), continuei a caminhada com Deus, mesmo recebendo vários convites de “amigos” para tocar novamente na noite, continuei firme na promessa.

Eis que em uma vigília na Igreja, o Espírito Santo falou claramente comigo. É amados, a presença de Deus é inconfundível!!! Naquele dia o Senhor disse ao meu espírito que Ele estava me entregando um tesouro, que era para eu tomar posse. Recebi essa palavra e descansei no Senhor.

Nesse contexto, o Senhor começou a me dar as primeiras composições, até que em 2010, consegui gravar o primeiro álbum como Ministério No Esconderijo do Altíssimo, chamado “Uma Nova Vida”. Após este, em 2016 lançamos outro CD, intitulado “Maravilhoso” que abriu e tem aberto várias portas para que o ministério leve a palavra de Deus a todos os cantos da terra, inclusive, com a realização do sonho de gravação do primeiro DVD ao vivo, em uma noite com chuva de bênçãos com lançamento no início de 2017.