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Formada em 2000 pela baixista e vocalista Cinara Motta e sua irmã Cinthia Motta (violão), a banda mineira Maria Pretinha passou por diversas formações, destacando-se enormemente no interior do universo musical belorizontino. Atualmente formada pelas irmãs Motta, por Alexandre da Matta (guitarra), Tom Santiago (bateria), Fu Ribeiro (percussão) e Josanna Vaz (backing vocals e percussão), a banda, segue, de modo não-programático, os ensinamentos tropicalistas, ao fundir em uma única e excitante sonoridade uma gama variada de influências, tais como o rock n’ roll em suas mais diversas formas, ritmos brasileiros e elementos do cancioneiro de matriz africana.
Tendo se apresentado desde sua origem em inúmeros eventos e locais em Belo Horizonte e diversas outras cidades mineiras, a banda foi capaz de conquistar um grupo considerável de fãs, tendo sido, inclusive, assunto para matérias em diversas publicações como o Diário da Tarde (que lhe dedicou a capa de seu suplemento cultural no ano de 2007 ) e o Estado de Minas. Além de bares, calouradas universitárias, espaços públicos, teatros e festas particulares, a Maria Pretinha teve o privilégio (e o prazer) de tocar em eventos de grande porte, abrindo para bandas como O Rappa (no Chevrolet Hall, em 2005), para grandes artistas como Elza Soares (Mineirinho,2006) e ao lado de figuras de destaque no espaço musical mineiro, como Tizumba, Wilson Sideral, Vander Lee e Babilak Bah. Shows em parques municipais e espaços públicos, além da marcante apresentação no Fórum Social Mineiro ( 2005 ) são outros destaques na trajetória desta, que é considerada por muitos uma das maiores promessas da música popular hoje no estado.
Além da vigorosa contribuição estética que vem desenvolvendo ao longo desses anos, a Maria Pretinha possui ainda, em virtude de sua filiação a movimentos afirmativos voltados para a causa de minorias, uma faceta que se poderia chamar de engajada. Vinculada a trabalhos sociais de valorização da raça negra e musicalização infantil em escolas voltada para público de baixa renda e no Espaço Cultural Percursar (desenvolvidos por integrantes do grupo), a Maria Pretinha procura, seja por intermédio da música, seja através de seus conhecidos projetos sócio-culturais, fazer a diferença, transmitindo mensagens de valorização da mulher e do negro e ajudando facções menos favorecidas através de métodos de reinserção social.