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Cantor. Compositor. Escritor.
Nasceu num sábado de carnaval. Os pais, Josué Ferreira e Teresa de Jesus Ferreira, trabalharam como meeiros em diferentes fazendas e cidades no Estado do Rio de Janeiro. Com quatro anos, mudou-se com a família para o subúrbio do Rio de Janeiro e sonhava em ser jogador de futebol. Cursou o primário na Escola Rio Grande do Sul, no Engenho de Dentro. Foi criado em Lins de Vasconcelos, na Serra dos Pretos Forros, perto da Escola de Samba Aprendizes da Boca do Mato. Segundo o próprio Martinho, antes da fundação da Aprendizes da Boca do Mato, havia um bloco carnavalesco, "Bloco do Abelardo", fundado por um funcionário da Light de apelido Abelardo Fumo, que virou "Bloco da Burrinha", e, mais tarde, Bloco Acadêmicos da Boca do Mato, do qual presenciou a sua fundação aos 13 anos de idade. A partir deste bloco, foi fundada, por Seu Aristides, a Escola Aprendizes da Boca do Mato, da qual participou da Ala dos Grã-Finos, chegando à presidência desta. Mais tarde, ao 16 anos, incentivado pelo também compositor Tolito da Mangueira, passou a compor para a escola e ingressou na Ala dos Compositores, chegando à presidência desta ala e ainda Diretor de Harmonia. As cores da escola e o nome "Aprendizes da Boca do Mato" foram inspirados na escola "Aprendizes de Lucas". Na Aprendizes da Boca do Mato, sua primeira escola, participava na bateria tocando "frigideira". Mais tarde, com a proibição da "frigideira" nos desfiles, passou a tocar tarol e outros instrumentos típicos da bateria. Desfilou na Aprendizes até 1965.
Teve como primeira profissão Laboratorista Industrial (preparador de óleos e graxas), com curso pelo SENAI.
Em 20 de junho de 1956, ingressou no exército, onde foi sargento-escrevente, datilógrafo e contador no Ministério da Guerra. Serviu ainda no Laboratório Químico e Farmacêutico e na Diretoria Geral de Engenharia e Comunicação. Deu baixa em 1969, atuando por 13 anos e dedicou-se exclusivamente à carreira de cantor e compositor.
Da união com a também cantora Anália Mendonça teve três filhos, sendo um deles, a cantora e compositora Mart'nália. No final da década de 1960, conheceu Lícia Maria Caniné (a Ruça), sua segunda mulher, com quem teve três filhos. Com a porta-bandeira Rita Freitas teve uma filha. No início dos anos 90, casou-se com Clediomar Corrêa Liscano Ferreira, a Cléo, com quem tem dois filhos.
Seu pai era conhecido como "Josué das Letras" ou ainda "Professor". Dele sofreu influência e tomou gosto pelas letras. Por conta dessa aproximação com a escrita, lançou em 1986 o livro "Vamos brincar de política?", pela Editora Globo, com ilustrações da amiga Jacyra Silva, dedicado ao público infanto-juvenil.
Em 1992 publicou "Kizombas, andanças e festanças", no qual contou experiências profissionais e pessoais. O livro foi lançado pela Editora Léo Cristiano Editorial.
Em 1998 a editora Records relançou "Kizombas, andanças e festanças". No ano seguinte, pela ZFM Editora publicou "Joana e Joanes - Um romance fluminense", também publicado em Portugal pela Editora Eurobrape neste mesmo ano.
Em 2000, estreando na ficção, lançou o livro "Joana e Joanes - um romance fluminense", pela editora ZFM. No ano seguinte publicou "Ópera Negra", seu quarto livro, pela Editora Global.
Em 2002 lançou pela editora portuguesa Eurobrape o livro de ficção "Memórias Póstumas de Tereza de Jesus". No ano seguinte o livro foi publicado também no Brasil pela Editora Ciência Moderna. Em 2003 foi o principal articulador da construção da nova sede da Escola de Samba Vila Isabel, com projeto de Oscar Niemeyer.
No ano de 2006 lançou "Os Lusófonos" pela Editora Ciência Moderna. No ano seguinte lançou o livro infantil "Vermelho 17" pela ZFM Editora.
Em 2008 publicou pela Lazuli Editora o livro "A Rosa Vermelha e o Cravo Branco".
Em 2009 lançou o livro de ficção "A Serra do Rola Moça" (ZFM Editora) - nome de uma localidade em Minas Gerais e também, nome de um poema de Mário de Andrade musicado pelo compositor. Ainda em 2009 foi exibido, no "Festival 19º Cine Ceará", o documentário "O Pequeno Burguês- Filosofia de Vida", dirigido por Edu Mansur. Neste mesmo ano, pela Lazuli Editora, lançou "A Rainha da Bateria".
A Irmãos Vitale Editores lançou "O Melhor de Martinho da Vila", compilação de partituras com algumas de suas composições mais conhecidas e com comentários do crítico e jornalista Roberto Moura.
No município de Duas Barras criou o Instituto Cultural Martinho da Vila, que atende à crianças do município e adjacências com aulas de música e outras atividades de formação profissional.
Em 2010 candidatou-se a uma vaga na Academia Brasileira de Letras, não sendo eleito.
Em 2011 a cidade de Duas Barras lhe prestou homenagem com uma estátua em tamanho natural. Neste mesmo ano proferiu palestra sobre Noel Rosa na Academia Carioca de Letras. Neste mesmo ano foi lançado, na Livraria do Museu da República, no Rio de Janeiro, o livro "Martinho da Vila - Tradição e Renovação", dos escritores João Batista de M. Vargens e André Conforte, pela Editora Almádena.
Aos 15 anos compôs seu primeiro samba, "Piquenique", que foi cantado no terreiro do G.R.E.S. Aprendizes da Boca do Mato. Por essa época, existiam as músicas de ala, para a qual também já compunha. Aos 19 anos começou a fazer sambas-enredos, entre eles "Carlos Gomes", em 1957. Sobre este samba, declarou certa vez a Sérgio Cabral que graças aos compositores Tolito da Mangueira e Duca, que retiraram seus sambas-enredos da disputa final dentro da escola, o samba de Martinho da Vila foi o vencedor daquele ano, mesmo antes dos jurados da escola terem anunciado a escolha. Por esta época, a escola pertencia ao segundo grupo. No ano seguinte ganhou com o samba-enredo "Exaltação a Tamandaré". Em 1959 com "Machado de Assis", samba de sua autoria, a escola ganhou o primeiro lugar do segundo grupo, e com isso desfilaria no primeiro grupo no ano seguinte. Nesta época, servia o exército como cabo, sendo conhecido nas rodas de samba como Martinho da Boca do Mato. Em 1960 compôs "Rui Barbosa na Conferência de Haia". No ano seguinte, ainda para a Aprendizes da Boca do Mato, compôs o samba-enredo "Vultos da Independência" e em 1962 compôs o último samba-enredo para a Aprendizes da Boca do Mato, pois em 1963 perdeu a disputa para outro compositor que havia apresentado à escola: Jair da Lorena. Em 1964 não participou do "Corte de samba" (como é conhecida a disputa interna de escolha de samba em qualquer Escola). Neste mesmo ano, David Correia (não o compositor reconhecido da Escola Vila Isabel, e sim outro componente da escola), e alguns compositores como Rodolpho, Paulo Brazão e Brilhozinho, entre outros, da Vila Isabel (na época, do terceiro grupo, passando para o segundo grupo) o convidaram para ingressar na Ala dos Compositores da Escola. Em 1965, mesmo estando na Vila Isabel, a Escola Aprendizes da Boca do Mato desfilou com um samba-enredo de sua autoria "Construtores da Cidade do Rio de Janeiro". No ano de 1966 a Vila Isabel passou definitivamente para o primeiro grupo. O compositor começou a fazer história no fim dos anos 60, ao reformatar o samba-enredo. Em vez de letras caudalosas, versos mais concisos; no lugar das arrastadas melodias, uma música de compasso mais acelerado. O sambista popularizou também o partido-alto - antes confinado aos terreiros -, divulgando o gênero. Em 1967 lançou o primeiro disco intitulado "Nem todo criolo é doido", com composições próprias e parcerias com Darcy da Mangueira e Zuzuca do Salgueiro, entre outros, além da primeira gravação de "Pra que dinheiro", um dos maiores sucessos de sua carreira. Neste mesmo ano, em parceria com Gemeu, compôs "Carnaval das ilusões", com o qual se classificou em quarto lugar do primeiro grupo no carnaval daquele ano. Neste mesmo ano, sua participação no "3º Festival de Música da TV Record", com o samba "Menina-Moça", marcou o início de sua carreira , quando o cantor Jamelão defendeu a composição. Ainda neste ano de 1967, a música foi incluída em um dos três LPs que a gravadora Philips lançou com as finalistas do "3º Festival de Música Popular Brasileira da TV Record". A composição "Menina moça" seria regravada pelo próprio autor quatro anos mais tarde, obtendo um enorme sucesso junto ao público. Em janeiro de 1968, participou do primeiro LP com os sambas-enredo daquele ano. O disco intitulou-se "As escolas cantam seus sambas para 1968", selo MIS, produzido por Ricardo Cravo Albin, gravado nos estúdios do Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro. No disco interpretou "Lendas e costumes gaúchos". Nesse mesmo ano fez o show "A fina flor do samba", no qual cantou apenas composições de sua autoria. Ainda em 1968, a Vila Isabel desfilou com o samba-enredo de sua autoria, "Quatro séculos de modas e costumes", com o qual a escola se classificou em 8º lugar do Primeiro Grupo. Em 1969 a Vila Isabel ficou em 5º lugar do primeiro grupo com o samba-enredo "Yá-Yá do cais dourado", feito em parceria com Rodolpho de Souza. Neste mesmo ano, estreou o show "Samba autêntico I", no Teatro Miguel Lemos. Voltou ao "Festival da Record" apresentando-se com a música "Casa de bamba", sucesso do seu primeiro LP. Logo depois, inspirado num colega que após formar-se em Direito não convidou os companheiros de trabalho para a festa de formatura, compôs "O pequeno burguês", samba que logo se tornou um sucesso, sendo cantado em todo o país. Nesse mesmo ano, o samba foi regravado por Isaura Garcia e Orquestra de Renato de Oliveira no LP "Martinho da Vila e Dolores Duran na voz de Isaura Garcia". Outros grandes êxitos deste primeiro disco foram "Quem é do mar não enjoa" e em parceria com Rodolpho de Souza "Iaiá do cais dourado", samba-enredo com o qual a Vila Isabel havia desfilado no carnaval daquele ano, classificando-se em 5º lugar do Grupo 1. Ainda em 1969. No ano de 1969, ao lado de Noel Rosa de Oliveira, Jamelão, Ilza Barbosa, Originais do Samba e Maria Isabel, participou da coletânea "O samba está de volta" (produzida por Rildo Hora), na qual interpretou de sua autoria "Madrugada, carnaval e chuva", "Pra que dinheiro?" e "Chô". No disco ainda foi incluída de sua autoria a composição "Ninguém conhece ninguém", interpetada pela cantora Ilza Barbosa. Ainda em 1969 participou, com o cantor Silvino da Portela, do compacto duplo "A voz do samba" (Gravadora Continental), no qual foram incluídas as faixa "Nhem, Nhem, Nhem" (Martinho da Vila e Cabana) e "Fim de reinado" (Martinho da Vila), ambas interpretadas por Martinho da Vila, e ainda "Caso de amor" (Luis Carlos e Miro) e "Escrevi" (Silvio Pereira e Jorge José), ambas interpretadas por Silvinho. Em 1970, a Vila Isabel classificou-se em 5º lugar com o samba-enredo "Glórias gaúchas", de sua autoria. Neste mesmo ano lançou o segundo LP de sua carreira: "Meu laiaraiá", do qual se destacaram as faixas "Samba da cabrocha bamba" e "Madrugada, carnaval e chuva". No ano seguinte, pela RCA Victor, lançou o LP "Memórias de um Sargento de Milícias". Deste LP destacaram-se "Segure tudo" e "Menina moça". Neste mesmo ano de 1971, o grupo MPB-4 regravou "Iaiá do Cais do Porto" (c/ Rodolpho de Souza). No ano de 1972, com o samba-enredo de sua autoria "Onde o Brasil aprendeu a liberdade" a Vila Isabel classificou-se em 6º lugar no desfile daquele ano. Neste mesmo ano, Elizete Cardoso no disco "Preciso aprender a ser só - Volume 2" incluiu de sua autoria "Samba da cabrocha bamba". Excursionou pela África neste mesmo ano fazendo shows em diversos países, inclusive em Angola, onde se apresentou acompanhado do conjunto Os Cunha, na casa de show N'Gola Cine. Em "Batuque na Cozinha", LP desse mesmo ano, reafirmou a importância de cultivar as origens do samba já a partir da faixa-título, de autoria de João da Baiana. O disco seguinte, "Origens", de 1973, prestou um tributo a Monsueto Menezes e regravou "Pelo telefone", de Donga e Mauro de Almeida, primeiro samba gravado (oficialmente) em 1917. Ainda neste ano de 1973, ao lado de Silvinho da Portela, Darcy da Mangueira, Noel Rosa de Oliveira e Walter Rosa, participou do disco "A voz do samba", no qual interpretou de sua autoria "Fim de reinado" e "Nhem, nhem, nhem" (c/ Cabana). Carmem Costa, neste mesmo ano, gravou "Amor, pra que nasceu?", também de sua autoria. No ano seguinte, fez sucesso novamente com o LP "Canta, canta, minha gente" que, além da faixa-título, trouxe outros sucessos como "Disritmia" - composição mais executada nas rádios naquele ano, e "Tribo dos Carajás", samba-enredo de sua autoria desclassificado no concurso da Vila Isabel por motivos políticos. Nesta época, algumas de suas músicas foram vetadas pela censura, como por exemplo "Aruanã açú", que teve o enredo modificado e trechos cortados. No LP "Terreiro, sala e salão", de 1979, gravou o samba "No embalo da vida". Inspirado em um poema de Carlos Drummond de Andrade, compôs com Tião Grande e Rodolpho de Souza "Sonho de um sonho", premiado com o "Estandarte de Ouro", com o qual a Vila Isabel alcançou o vice-campeonato naquele ano. No ano seguinte, lançou o LP "Sentimentos", e fez sucesso com a música "Ex-amor". Voltou a Angola em 1980 e 1982 liderando o "Projeto Canto Livre de Angola", transformado em show e gravado ao vivo (pela RCA) na sala Cecília Meireles. Em 1984 compôs "Para tudo se acabar na quarta-feira", samba-enredo com o qual a Vila Isabel se classificou em 5º lugar e ainda ganhou o segundo "Estandarte de Ouro". Neste mesmo ano, lançou o LP "Martinho da Vila Isabel", do qual se destacaram o samba "Na aba", de Nei Silva, Paulinho Corrêa e Trambique e ainda, "Em flor", de autoria de Ruy Quaresma e Nei Lopes, uma homenagem às belezas do bairro de Vila Isabel. Ainda em 1984 participou do disco "Partido alto nota 10", de Aniceto do Império, no qual interpretaram em dupla a faixa "Desaforo", de autoria de Aniceto do Império. Em 1985, recebeu o prêmio Golfinho de Ouro no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, em espetáculo dirigido por Ricardo Cravo Albin. Outro sucesso fonográfico de sua carreira foi o LP "Batuqueiro", de 1986, no qual interpretou as músicas "Pagode da saideira" e "Preço da traição", bastante executadas. Ainda naquele ano, participou do "Festival dos Festivais", promovido pela Rede Globo, com a música "Recriando a criação", composta em parceria com Zé Katimba. Em 1987, participou da gravação do LP "Há sempre um nome de mulher", disco produzido por Ricardo Cravo Albin, cantando "Dama do cabaré", de Noel Rosa e "Enamorada do samba" ao lado de Beth Carvalho. Ainda neste ano, com "Raízes" (c/ Ovídio Bessa e Azo), inovou o desfile de carnaval ao levar para a avenida um samba-enredo sem rimas, classificando a escola em 5º lugar. No ano seguinte, mudou de gravadora e lançou o LP "Festa da raça", em comemoração ao centenário da Abolição da Escravatura. Ainda em 1988, ganhou o seu primeiro campeonato como criador do enredo "Kizomba- a festa da raça", que originou o samba-enredo "Kizomba- Festa de uma raça" de autoria de Luiz Carlos da Vila, Rodolpho de Souza e Jonas Rodrigues. Nesta época, liderou o projeto "Kizomba", com "Encontros Internacionais de Arte Negra", no qual participavam das reuniões outras importantes personalidades, como a ex-senadora Benedita da Silva, os atores Antônio Pitanga, Milton Gonçalves e Jorge Coutinho, entre outros. O grupo Kizomba promoveu vários eventos de arte e cultura negra. Neste mesmo ano de 1988, "Meu homem - carta a Nelson Mandela", em homenagem ao líder sul-africano, foi gravada por Beth Carvalho no LP "Alma do Brasil". No ano seguinte, após intensa pesquisa sobre o folclore nacional, lançou o disco "O canto das lavadeiras", no qual gravou os sucessos "Madalena do Jucu" e "Dancei", que foi incluída na trilha sonora da novela "Pedra Sobre Pedra", da Rede Globo. No disco "Martinho da Vida", lançado em 1990, gravou a música "Meu homem - carta a Nelson Mandela", em homenagem ao líder sul-africano. Em 1991, foi agraciado com o "Prêmio Sharp" e gravou o disco "Vai meu samba, vai", no qual reuniu artistas como Rosinha de Valença, Alceu Maia, Manoel da Conceição (Mão de Vaca), entre outros. No ano seguinte, comemorou os 25 anos de carreira e a marca de 10 milhões de discos vendidos no Brasil. Em 1993 compôs "Gbalá, viagem ao templo da criação", samba-enredo que classificou a Vila Isabel em 8º lugar do Grupo Especial no desfile daquele ano e ainda foi premiado com outro troféu "Estandarte de Ouro", da Rede Globo. Ainda em 1993, ganhou cinco Prêmios Sharp na categoria samba e gravou um disco dedicado à Unidos de Vila Isabel no projeto Escolas de Samba, da gravadora Sony, que, selecionando os dez melhores sambas da escola, escolheu nove de sua autoria. Também ganhou neste ano o prêmio Shell de MPB, em show escrito e dirigido por Ricardo Cravo Albin, apresentado no Canecão, no Rio de Janeiro e ainda promoveu a música africana através do disco produzido por ele: "O canto livre de Angola". Em 1994, convidou Gabriel, o Pensador para participar do seu CD "Ao Rio de Janeiro", e o rapper retribuiu o convite chamando-o para as gravações do clip "175". Com o CD "Tá delícia, tá gostoso", lançado em 1995, obteve enorme sucesso com as músicas "Cuca maluca", "Devagar, devagarinho" (Eraldo Devagar) e "Mulheres", de autoria de Toninho Gerais. Este CD atingiu a marca de mais de um milhão e meio de cópias vendidas. Ainda em 1995, sua composição "No embalo da vida" foi regravada com sucesso por Alcione no CD "Profissão, cantora". Em 1996, a cantora Simone gravou o CD "Café com leite", só com composições de sua autoria. No ano seguinte, no disco "Casa de samba", produzido por Rildo Hora, interpretou em dueto com Simone "Ex-amor". Para as gravações de "Coisas de Deus", disco deste mesmo ano, convidou os amigos Nelson Rufino, Luiz Carlos da Vila e Paulo Moura, entre outros. No CD interpretou, entre outras, "Minha e tua" (c/ Zé Katimba), "Café com leite" (c/ Zé Katimba), "E se ela ligar?" (c/ Mané do Cavaco), "Meu benzinho fez amor comigo" (c/ Zuzuca do Salgueiro), "Nas águas de Amaralina" (c/ Nélson Rufino) e "Tá com medo, chama o pai", parceria com Rildo Hora. Neste mesmo ano, inaugurou o "Butiquim do Martinho", no Shopping Iguatemi, no Rio de Janeiro, e lançou o CD com o nome do bar, disco no qual apresentou novos sambistas. Ainda em 1997, a gravadora BMG lançou "Martinho canta Martinho". No ano seguinte, promoveu mais uma vez o encontro entre Angola e Brasil, produzindo o disco "Angola canta". Comemorando 30 anos de carreira fonográfica em 1999, gravou o CD "3.0 Turbinado ao Vivo" e, em homenagem ao nascimento da filha Alegria Liscano Ferreira, lançou o CD "Pai da Alegria". No disco, interpretou "Pro amor render" (Dudu Nobre e Roque Ferreira), "Coração de louça" (c/ Toninho Gerais e Paulinho Rezende) e "Assédio" (c/ Zé Katimba), entre outras, e uma regravação de "Gavião calçado" de Pixinguinha, além de três músicas de Noel Rosa. Em 2000 lançou o disco "Lusofonia", produzido por Rildo Hora, em comemoração aos 500 anos de Descobrimento do Brasil. Nos dias 7, 8 e 9 de setembro de 2000, com direção de Antonio Pitanga e Ricardo Cravo Albin, apresentou no Teatro Municipal do Rio de Janeiro o "Concerto Negro - Celebração da Cidadania", de sua autoria. O espetáculo foi apresentado pela Orquestra Sinfônica do Rio de Janeiro com a participação do Coral Família Alcântara e contou com composições de vários autores: Padre José Maurício Nunes Garcia (1767-1830), Alberto Nepomuceno (1864-1920), George Gershwin, Martinho da Vila, Luiz Carlos da Vila, Rodolpho de Souza, Graúna e Leonardo Bruno, este último responsável pela regência da Sinfônica. Em 2001 gravou o 33º disco de sua carreira: "Martinho da Vila, da roça e da cidade", no qual incluiu calango, forró, folia de Reis, samba-enredo, entre outros ritmos. São deste disco as composições "Estado maravilhoso, cheio de encantos mil" (Claudinho, Miguel Bedê, Jejê do Caminho e Haroldo Filho), "Hoje tem amor" (c/ Toninho Gerais e Dunga), "Além do mais, te amo" (Noca da Portela e Luizinho Toblow), "A comida da Filô" (c/ Jonas e Ivan da Wanda), "Fogo na venta" (c/ Hermínio Bello de Carvalho), "Nunca amei ninguém tão sexy" (c/ Roque Ferreira) e "Penetrante olhar", parceria com Zé Katimba e Zé Inácio, além de outras composições só de sua autoria como "Ai que saudade que eu tenho", "Tô na roça e na cidade", "Hoje tem amor", "Mineiro-pau", "Dona Ivone Lara" e ainda "Presente aos fãs", parceria com Ivan Lins. Em 2002 gravou o CD "Martinho definitivo", pela Sony Music, sendo lançado no Canecão, com o qual iniciou turnê pelo país. Ainda neste ano lançou em Portugal seu livro "Joana e Joanes". Participou do CD "Clássicos do samba", ao lado de Eliane Faria, Dona Ivone Lara, Jamelão e Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional de Brasília. O disco foi gravado no espetáculo de igual título, estreado no Teatro Nacional de Brasília para a comemoração do Dia da Cultura (6 de dezembro), tendo sido apresentado no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, na Quinta da Boa Vista e ainda, em turnê, no ano de 2002, pela Europa, especialmente na Dinamarca. O CD foi lançado em outubro deste mesmo ano, em solenidade no Teatro Municipal do Rio de Janeiro e na qual compareceram as velhas-guardas da Mangueira, Portela, Salgueiro, Império Serrano e Vila Isabel, Rildo Hora, além do Ministro da Cultura, Francisco Weffort, intelectuais e artistas. Neste mesmo ano de 2002, participou do CD e DVD "Jorge Aragão ao vivo convida" e lançou, pela Sony Music, o disco "Voz & coração". No CD, produzido por Rildo Hora, interpretou "Você passa e eu acho graça" (Ataulfo Alves e Carlos Imperial), "Cabide de molambo" (João da Baiana e Patrício Teixeira), "Antonico" (Ismael Silva), "Volta" (Lupicínio Rodrigues), "Sonata sem luar" (Fred Chateaubriand e Vinicius de Carvalho), "Por causa de você" (Tom Jobim e Dolores Duran) e "Apaga o fogo, Mané" de autoria de Adoniram Barbosa, entre outras. Ainda em 2002, ao lado de Chico Buarque, Miúcha, Ana de Hollanda, Cristina Buarque, Paulinho da Viola, Márcia, Inesita Barroso e Carlinhos Vergueiros, entre outros, participou da caixa de quatro discos "Acerto de contas de Paulo Vanzolini", lançada pela gravadora Biscoito Fino. No ano de 2003, apresentou o show "Voz & coração", no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro e ainda no projeto "Rio de verdade nas quintas de janeiro", na Lona da Marina da Glória, também no Rio. Ainda em 2003 viajou para Angola onde fez turnê por vários teatros do país e sua composição "Deixa a fumaça entrar", em parceria com Beto Sem Braço, foi incluída no show "Petshopmundocão", de Zeca Baleiro. Neste mesmo ano 2003 lançou o CD "Conexões" no qual interpretou em francês diversos sucessos de carreira e inéditas. No ano de 2004 o disco foi lançado na França e no Brasil, no Canecão, show no qual recebeu os convidados a bateria da Escola Vila Isabel e sua filha Mart'nália. Participou do projeto "MPB ao meio-dia em ponto" no Teatro João Theotônio, no qual foi recebido por Ricardo Cravo Albin para um show-case com alguns de seus sucessos e "causos" sobre sua carreira. Ainda em 2004 lançou o DVD e o CD ao vivo "Conexões". Neste mesmo ano, no disco "Daqui, dali e de lá", o grupo Toque de prima gravou de sua autoria "Eu conheço aquela moça", parceria com o baiano Roque Ferreira. No ano de 2005 lançou o CD e DVD "Brasilatinidade", no qual interpretou várias composições inéditas e ainda contou com as participações das cantoras Kátia Guerreiro (Portugal), Nana Mouskouri (grega radicada na França) e Rosário Fores (Espanha). No disco incluiu a composição "Dentre centenas de mastros", baseada nos versos do poeta romeno Mihai Eminescu e ainda "Feitiço da Vila", de Noel Rosa e Vadico, incluída na trilha sonora da novela "América", de Glória Perez, da Rede Globo. Na divulgação do disco fez turnê pela América Latina, Portugual, onde se apresentou nos Coliseus do Porto e Lisboa e França, onde apresentou o show "Martinho da Vila à l'Olympia" no dia sete de julho. Neste mesmo ano lançou "Ao vivo - Brasilatinidade", no qual interpretou "Sonho de um sonho" (c/ Tião Graúna e Rodolpho), "Suco de maracujá" (c/ João Donato), "Eu não me canso de dizer", "Roda de samba no céu", "Quando essa onda passar", "Mirra, ouro, incenso" (c/ Hermínio Bello de Carvalho), "Fetiche" (c/ Cláudio Jorge), "Recriando a criação" (c/ Zé Catimba), "Vai ou não vai", "Sob a luz do candeeiro" (c/ Nelson Cebola) e ainda "Quem lhe disse" (Antônio Grande) com a participação especial da Velha Guarda de Vila Isabel. Neste mesmo ano ganhou o "Grammy Latino" de "Melhor Disco de Samba" pelo disco "Brasilatinidade". No ano de 2006 lançou o DVD "Martinho José Ferreira - ao vivo na Suíça - O melhor do festival 1988 - 2000 - 2006", no qual foram compiladas suas apresentações no referido festival. Fora incluídas as seguintes composições: Do ano de 1988 "Quem é do mar não enjoa", "O pequeno burguês", "Canta canta minha gente", "Casa de bamba", "Calango vascaíno", "Êta mundo grande" e "Kizomba, Festa da raça". Da apresentação feita no ano 2000 foram incluídas "O pai da Alegria", "Pro amor render", "Dança má mi criola", "Alguém me avisou", "Tiê" e "Devagar, devagarinho" (Eraldo Devagar). Da apresentação do ano de 2006 estão presentes no DVD "Feitiço Da Vila", "Suco de maracujá", "Disritmia", "Maravilha", "Marcelinho pão e vinho", "Asa branca" e ainda um de seus novos sucessos, a composição "Mulheres", de Toninho Geraes. Em 2007 lançou o CD "Martinho da Vila, do Brasil e do mundo", disco no qual contou com as participações especiais de Negra Li na faixa "O amor da gente"; Margareth Menezes e Band'Aye em "Te encontro no Ylê"; Toni Garrido e Cidade Negra na composição "Nossos contrastes" (c/ Nélson Sargento); o argentino Fito Paes em "Por ti, América" (c/ Luiz Carlos da Vila); Madaleine Peyroux em "Madalena do Jacú" e ainda Eliana Pittman na versão de Martinho da Vila para "Take a chance on love", de Teddy Hayes (Dê uma chance ao amor). No CD também interpretou "Vou viajar" (c/ Arlindo Cruz), "Copacabana" (Alberto Ribeiro e Braguinha), "Glórias gaúchas" e o clássico "Candongueiro", de Wilson Moreira e Nei Lopes. Fez turnê de lançamento do disco em Portugal e na Suíça, onde se apresentou no "Festival de Lugano". Neste mesmo ano concorreu ao samba-enredo da Escola de Samba Vila Isabel com o enredo "Trabalhadores do Brasil", quando disputou com outros compositores da Escola, inclusive, sua própria filha, a cantora e compositora Mart'nália. Neste mesmo ano participou, ao lado de vários artistas da MPB, tais como Diogo Nogueira, Cláudia Leite, Walter Alfaiate, Seu Jorge, Alcione, Beth Carvalho, Fundo de Quintal, Nélson Sargento, Ivete Sangalo, Jair Rodrigues, Velha-Guarda da Portela, ente outros, da gravação do primeiro CD e DVD "Cidade do samba", do Selo Zecapagodiscos (Universal Music), no qual fez dueto com Zeca Pagodinho na faixa "Mulheres" (Toninho Gerais). O evento foi apresentado por Ricardo Cravo Albin e contou com a arranjos e produção musical de Rildo Hora, sendo gravado na Cidade do Samba, no Rio de Janeiro. No ano de 2008, no dia do seu aniversário de 70 anos, foi homenageado com um jantar para 100 dos seus melhores amigos no Instituto Cultural Cravo Albin, do qual é um dos fundadores. Na recepção, o grupo Velha-Guarda da Vila Isabel fez show acústico, quando cantaram o próprio homenageado e seu compadre Paulinho da Viola. Neste mesmo ano lançou, em shows no Vivo Rio (Museu de Arte Moderna), o CD e o DVD "O pequeno burguês" (MZA) no qual interpretou "Filosofia da vida" (c/ Marcelinho Moreira e Fred Camacho), "Linha do ão", "Menina moça", "Casa de bamba", "Pra que dinheiro", "O pequeno burguês", "Quatro séculos de modas e costumes", "Madrugada carnaval e chuva", "Iaiá do cais dourado" (c/ Rodolfo de Souza), "Jaguatirica" (c/ Zé Catimba), "Na aba" (Paulino da Aba, Ney Silva e Trambique), "Agora é moda" (Dunga e Serginho Tonelada", "No embalo do samba" (c/ Mané do Cavaco), "Meu país" (c/ Rildo Hora) e "Tom maior". Em janeiro de 2009, às terças-feiras, no Centro Cultural Banco do Brasil foi apresentada a série de shows "Martinho José Ferreira - 70 anos de brasilidade". Para a série de shows, idealizada pelo percussionista carioca Carlos Fernando Cunha e o violonista Cláudio Jorge (direção musical e artística do violonista), foram escolhidas cerca de 80 composições de Martinho da Vila, das mais de 400 músicas gravadas do compositor. Os shows contaram com as participações especiais de Tonico Ferreira, Sandra Portella, Marcelinho Moreira, Ovídio Brito, Cláudio Jorge, Carlos Fernando Cunha, Monarco, Analimar e Agrião. Em 2010 lançou, pela gravadora Biscoito Fino, o CD "Poeta da Cidade", em homenagem à obra de Noel Rosa. No disco, com arranjos e produção de Rildo Hora, interpretou 14 composições contando com as participações especiais de Mart'nália ('Minha viola' e 'Rapaz folgado'); Analimar ('Coisas nossas' e 'Quando o samba acabou'); Maíra Fretias ('Último desejo'); Ana Costa ('Século do progresso' e 'Eu vou pra Vila'); Aline Calixto ('Fita amarela' e 'O x do problema') e Patrícia Hora ('Três apitos'). Ainda em 2010, em entrevista concedida a Ricardo Cravo Albin, encerrou uma série de quatro programas produzidos pela TV Universitária na ABL (Academia Brasileira de Letras) para celebrar o centenário de Noel Rosa. Também no primeiro semestre de 2010 participou do "Rock In Rio-Lisboa", onde cantou para uma plateia estimada de 50 mil pessoas. Ainda em 2010 o grupo carioca de samba Arranco de Varsóvia (integrado por Paulo Malaguti, Muri Costa, Andrea Dutra, Cacala Carvalho e Elisa Queirós) lançou o CD/DVD "Pãozinho de Açúcar - Arranco de Varsóvia canta Martinho da Vila" (Gravadora Mills Records) em homenagem à obra do compositor, incluindo as músicas "Casa de Bamba", "Canta Canta, Minha Gente", "Amor não é Brinquedo" (c/ Candeia), "Disritmia", "Disritmou" (c/ Carlinhos Vergueiro), "Daquele Amor nem me fale" (c/ João Donato), "Ó Nega", "Meu Laiaraiá", "Amor pra que Nasceu", "Dente por Dente", "Nossos Contrastes" (c/ Nelson Sargento), "Ex Amor", "Quero Quero", "Pra tudo se acabar na quarta-feira", "Seguro Tudo", "Na Aba" (Paulinho da Aba), "Me faz um Dengo", "Devagar Devagarinho" (Zorba Devagar), "Samba do Arranco" (Paulo Malaguti) e "Amigo Martinho", composta pela dupla portelense Monarco e Ratinho para o homenageado, além da faixa-título "Pãozinho de Açúcar", de Martinho da Vila. Lançado no ano de 2011 pelo Selo Discobertas, do pesquisador Marcelo Fróes, em convênio com o Selo ICCA (Instituto Cultural Cravo Albin), o box "100 Anos de Música popular Brasileira" é integrado por quatro CDs duplos, contendo oito LPs remasterizados. Inicialmente os discos foram lançados no ano de 1975, em coleção produzida pelo crítico musical e radialista Ricardo Cravo Albin a partir de seus programas radiofônicos "MPB 100 AO VIVO", com gravações ao vivo realizadas no auditório da Rádio MEC entre os anos de 1974 e 1975. Roberto Silva no CD volume 7 interpretou de sua autoria "Casa de bamba"; Elza Soares "Canta, canta, minha gente" e Beth Carvalho, também no mesmo CD, interpretou as faixas "Tom maior" e "Pequeno burguês". Neste mesmo ano em sua cidade natal, Duas Barras, foi inaugurada uma estátua em sua homenagem feita pelo cartunista Ique. A solenidade contou com apresentações da Bandinha Musical do Instituto Cultural Martinho da Vila e ainda show com Tunico Ferreira, Grupo Arranco e sua filha cantora e pianista Maira Freitas. Neste mesmo ano de 2011 lançou o CD e DVD "Lambendo a cria" na casa de show Vivo Rio, no Rio de Janeiro e em São Paulo, no palco da Arena HSBC. No DVD, lançado pela MZA Music, participaram os filhos Analimar Ventapane, Mart'nália, Juju Ferreira, Tunico Ferreira e Maíra Freitas, sendo incluídas as faixas "Lambendo a cria", "Na minha veia", "Agradeço à vida" versão para "Gracias a la vida", da chilena Violeta Parra, "Todos os sentidos", "Jobiniando", "Lara", "O amor da gente/ Casa de bamba", "Vivo pra sentir seu prazer", "Que bom!", "Volante com cachaça não combina", "Melô do Xavier", "Cuca maluca", "Filosofia de vida", "Linha do ão/ Calango vascaíno", "Noel - a presença do poeta" e "Cruz e Souza, cria lambida". Ainda em 2011 foi uma das principais atrações do "Rock In Rio IV", apresentando-se com grande sucesso de público e crítica no Palco Sunset, no qual se dividiu a noite com o grupo carioca Cidade Negra e o rapper paulista Emicida. No ano de 2012, em comemoração aos seus 45 anos de carreira fonográfica, lançou o CD "4.5 atual", regravando o seu primeiro LP lançado no ano de 1969. Além das faixas já gravadas no disco original, também foram incluídas "Menina moça" (samba como qual concorreu no "3º Festival de Música Popular Brasileira da TV Record", em 1967 e gravado pelo próprio autor em 1971); "Samba dos passarinhos", "Pãozinho de açúcar" e a inédita "Partido alto de roda". O disco foi lançado em show no Vivo Rio, no Rio de Janeiro. Neste mesmo ano participou, no Teatro Raimundo Magalhães Júnior - Academia Brasileira de Letras, do talk-show "MPB na ABL", apresentado por Ricardo Cravo Albin, no qual falou sobre seus 45 anos de carreira fonográfica, cantando alguns de seus maiores sucessos, acompanhado pelo violonista Gabriel de Aquino. Com roteiro musical de Ricardo Cravo Albin, o compositor intrepretou "Menina moça", "Tom maior", "Cas de bamba", "Pequeno burguês", "Vila Isabel", "Ex-amor", "IáIá do cais dourado", "Renascer das cinzas" e "Mulheres", entre outros sucessos de carreira. No ano de 2013 foi lançado o projeto "Sambabook", consistindo em um pacote com biografia contada a partir da obra do homenageado, CD duplo, DVD, Blue-ray, hotsite, livro de partituras e aplicativos para smartphone e tablet, além de uma "Discobriografia", de autoria do jornalista Hugo Sukman, editada pela Casa da Palavra.. Com apoios do Itaú, Canal Brasil, Casa da Palavra e Petrobras, o "Sambabook Martinho da Vila" contou com a presença de 23 artistas ou grupos em suas respectivas faixas: Ana Costa "Odilê, Odilá", Casuarina "Pra tudo se acabar na quarta-feira", Diogo Nogueira "Queria tanto lhe ver", Dorina "Filosofia de vida", Elza Soares "Madalena do Jucu", Fernanda Abreu e Bateria da Vila Isabel "Sonho de um sonho", Jair Rodrigues "Amor não é brinquedo", João Bosco "Menina moça", João Donato "Meu laiaraiá", Leci Brandão "Casa de bamba", Luiz Melodia "Disritmia", Maíra Freitas "Fim de reinado", Marcelinho Moreira "Na minha veia", Mart´nália "Segure tudo", Moyséis Marques "Renascer das cinzas", Ney Matogrosso "Ex-amor", Orquestra Petrobras Sinfônica "Martinho Sinfônico", Paula Lima "Grande amor", Paulinho da Viola "Quem é do mar não enjoa", Pedro Luís "Pra que dinheiro?", Pitty "Roda ciranda", Toni Garrido "Deixa e fumaça entrar", Tunico da Vila "Meu off Rio" e Zeca Baleiro na faixa "Pequeno burguês", além do próprio homenageado nas faixas "Tom maior" (c/ a Orquestra Sinfônica Petrobras) e "Canta, canta, minha gente", com a participação de todos os convidados. O trabalho foi lançando em show no Imperator (Centro Cultural João Nogueira), no bairro do Méier, com banda composta por vários músicos que no decorrer dos anos trabalharam como artista, entre os quais Cláudio Jorge (violão) e Zeca da Cuíca, além dos filhos Analimar, Juju Ferreira e Martinho Filho. Neste mesmo ano o espetáculo foi apresentado no Auditório do Ibirapuera, em São Paulo. Neste mesmo ano de 2013 o selo Discobertas, do jornalista e escritor Marcelo Fróes, relançou em CD o primeiro disco do cantor, lançado em LP no ano de 1967, intitulado "Nem todo criolo é doido". Neste mesmo ano de 2013 lançou, pela ZFM Editorial, o livro infanto-juvenil "O Nascimento do Samba" com ilustrações do cartunista Ykenga, no Centro Cultural João Nogueira.