O Tempo O Tempo, o tempo passa, passa e não vai parar O Tempo, o tempo passa, passa e não vai parar O Tempo, o tempo passa, passa e não vai parar O Tempo, o tempo passa, passa e não vai parar Acorda “nego veio”, tá dando o horário Relógio despertou, “nego”, vamos pro trabalho O sol está radiante, o dia vai ser quente O patrão te espera, não tem tempo pra ficar doente Mais um dia de trabalho, os filhos esperam o leite Mais um dia de rotina por amor a eles De tarde a mudança de tempo, as nuvens estão escuras Trovão barulhento anuncia que vem chuva Mas estamos no verão, como isso é possível? A poluição deixa o tempo imprevisível No centro da cidade o horário é de pico Atraso e correria, o tempo é inimigo Pois ele não para e chegar atrasado é embaçado O metrô está lotado, o calor deixa o povo agoniado Ei seu doutor a criança está nascendo Ela vai morrer se passar do tempo “Seu irresponsável, nunca sentiu a dor do parto” “Está jogando baralho, sentado e sossegado” “O cordão umbilical tá enrolando no pescoço” “Eu vou te matar se meu filho nascer morto” Tempo esgotado, quanto tempo resta? Pra mim e pra você a existência aqui na terra? Tudo é temporário, aqui nada é eterno Os anos se passam, aqui tudo é incerto O Tempo, o tempo passa, passa e não vai parar O Tempo, o tempo passa, passa e não vai parar O Tempo, o tempo passa, passa e não vai parar O Tempo, o tempo passa, passa e não vai parar Há tempo de nascer, tempo de morrer Tempo de plantar e tempo de colher Tempo de sonhar, tempo de curar Tempo de construir, tempo de derrubar Há tempo de ficar triste, tempo de se alegrar Tempo de chorar e tempo de dançar Há tempo de guerra, há tempo de odiar Há tempo de paz, tempo de amar Num piscar de olhos os homens se consomem A sombra está contigo e em instantes some Sonhos no cemitério, projetos no cemitério Talentos no cemitério, vidas no cemitério Quanto tempo desperdiçado nos prazeres da terra Prazeres momentâneos nos tiram a glória eterna Faces desfiguradas, a pele envelhece A vista enfraquece, a mente desvanece Cabelos ficam brancos, as pernas ficam fracas Doenças tomam conta e o tempo não para A saúde se vai, o tempo é quem as leva Corre contra o tempo, o tempo não espera Não adianta virar o relógio para trás O que passou, passou, hã, hã, não volta mais De criança à jovem de jovem à adulto Adulto à idoso e como fumaça foi-se tudo O Tempo, o tempo passa, passa e não vai parar O Tempo, o tempo passa, passa e não vai parar O Tempo, o tempo passa, passa e não vai parar O Tempo, o tempo passa, passa e não vai parar Planos incansáveis que almejamos conquistar Fadiga e cansaço sempre no nosso caminhar Lágrimas e suor escorrem pelo rosto Esperamos dias melhores e que o sol brilhe de novo Os ventos levam as folhas, o vento corta a face O dia amanhece, crianças lindas nascem Sofrimento ao se deitar, o travesseiro consola Os olhos estão molhados e a sua alma implora Que o problema se solucione, que a paz te invada Deus olha pra nós, humanidade tão cansada Que cuspimos nos seus projetos escolhendo desobedecer Sabemos as consequências, mas preferimos sofrer Somos tolos o bastante para o nosso conhecimento O mundo gira ao nosso redor e assim se passa o tempo “PRESUNTINHO na Guitarra” O corpo volta ao pó e nos restam lembranças De parentes, colegas, vizinhos, de amigos de infância Na hora do velório dor e pensamentos Que vida passageira, como se foi tempo Não se passa muito tempo e lá está você Coberto, cheio de flores, pensava que não iria morrer A carne não é eterna, esse é o meu e o seu destino Não controlamos o tempo e seremos consumidos O Tempo, o tempo passa, passa e não vai parar O Tempo, o tempo passa, passa e não vai parar O Tempo, o tempo passa, passa e não vai parar O Tempo, o tempo passa, passa e não vai parar O Tempo, o tempo passa, passa e não vai parar O Tempo, o tempo passa, passa e não vai parar O Tempo, o tempo passa, passa e não vai parar O Tempo, o tempo passa, passa e não vai parar