No início, o tempo era todo de Deus. Deus era o tempo, o tempo estava em Deus e o tempo era Deus. Assim, querendo Ele que a humanidade participasse do tempo da sua infinita divindade, ?...viu tudo o que havia feito, e tudo era muito bom. Houve uma tarde e uma manhã?.(Gn 1,31).
Ao homem e a mulher foi dado a grande dádiva da eternidade. Mas, deixando que o pecado invadisse o coração humano, o paraíso a nós concedido, tornou-se algo distante. A eternidade, agora, tornou-se algo para os últimos tempos, para o céu.
Porém. ?Quando chegou a plenitude do tempo, Deus enviou o seu Filho?. (Gl 4,4). É o próprio Deus, que rompendo o tempo finito da história humana se encarna na simplicidade do lar de Nazaré. No seio de Maria, ?O Verbo se faz carne e vem habitar entre nós.? Em Jesus, a humanidade pode viver a felicidade do tempo que se faz vida, se faz ?ágape? (amor) e se faz salvação.
Kairós é o tempo de Deus. Kairós quer ser a experiência de fazer do kronos (tempo contável) um tempo de eternidade, de Boa Nova, de encantamento, de fazer a vida ser vivida em plenitude (cf. Jô. 10,10). Numa realidade marcada pela correria onde quase não temos tempo para nós mesmos, para os outros e, muito menos para Deus, nos inspiramos no livro do Eclesiastes 3, 1-15, que nos lembra que ?para tudo há um tempo?.
O Ministério Kairós quer ser esta proposta de trazer o tempo de Deus atualizado, renovado e contagiante, através da música. Já dizia Santo gostinho: ?Cantar é próprio de quem ama?. Assim o Ministério Kairós quer fazer brotar dos corações, um grande louvor ao Deus Criador, pelo Filho Redentor pela ação do espírito Santificador que nos ama no grande tempo de amor infinito.


Pe. Antonio José Ramos Costa