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O nome de registro é José Luís Rodrigues, mas pode chamá-lo de Nego Blue. Na Ilha do Mel, ele é uma celebridade. Um astro que anda de chinelo e cumprimenta todo mundo. Blue, 51 anos, pisou pela primeira vez na ilha aos 14 anos. Disse para a mãe que ia passar o final de semana no Litoral com amigos e que voltava na segunda-feira. Ficou um ano. ?Me senti o próprio Robinson Crusoe. Vi aquele mato todo e fiquei maluco. É o meu lugar, pensei.?Certo dia, Blue voltou ao continente para fazer compras e encontrou a mãe no trapiche de Pontal. Ela havia avisado a polícia e o juiz, e já estava entrando no barco para ir atrás do filho. Blue voltou para a capital.
Estudou até a sétima série e passou a fazer o roteiro Curitiba-Ilha com frequência.
O cantor, que hoje é disputado, viveu seus primeiros tempos longe da proteção materna dando aulas de violão, fazendo eventuais pescarias e ?qualquer tipo de trabalho que surgisse?. No continente teve tantos empregos que nem lembra. ?Fui mecânico, vendedor de loja, borracheiro. Um monte de trampos ruins.?
Certo dia, passou a tarde tocando nas pedras da Praia Brava de Matinhos. Juntou bastante gente para ver. Blue fez uma sequência digna de Muddy Waters (músico considerado o pai do Chicago Blues). Foi quando Polaco, guitarrista experiente da noite curitibana, soltou a frase. ?É um Nego Blue?. Pronto. O apelido pegou.