Diário (Página 1)
Composição: Nibul.Num sistema atrofiado
Onde a gente destila a sobra
E transforma ém ódio
Quem vai ficar pra assistir o fim do episódio
Claquete,
Filma-se o teatro das marionetes
Nossa revolução é fora da internet
Mais que falar de droga em refrão chiclete
Destaques de jornais vão desviar a sua atenção
de quem tá trazendo a munição
Que tanto mata em vão
São mortes por cifrão
Sou mais que um milhão
Por isso não sujo minha mão
Mas é que eu aprendi assim
Minhas referências me fizeram ser assim
A necessidade foi meu estopim
Mas, se por acaso eu me perdesse sim
Colocasse no ódio minha confiança
Colocasse nos medos as minhas lembranças
Colocasse nas letras minha arrogância
É quando o desespero vira irrelevância
Não é que eu seja frio,
É que não sinto o medo que cês tem da vida
(É a Vida!)
Sei que pra viver tá caro,
Mesmo tudo ultrapassado,
Vejo o passado reproduzido
Com outras caras
Outras palavras
Outros Partidos
Outro dia, outro caso, sorte ou acaso
Sem ser raso,
Me vi lá no fundo
(Sozinho!)
Desistir não é opção
Jogue com as peças que tu tem na mão
Contracenando com a sua história
Seu roteiro, sua direção
Sonho não é algo negociável
Vida é todo dia, mas a morte é implacável
Verso todo dia pra ter algo que eternize
Sentimento incomparável
Nesse cenário tosco
Muitas vozes falam pouco
Esse drama diário
Nos mudando o tempo todo
Esqueceram da história
O povo perdeu a memória
Surtado!
Tá com a faca no pescoço
E rindo
Vendo a morte vindo (2x)