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Release
"Banda Instrumental de Música Contemporânea"
Assim foi chamada a banda formada em 2004, com o intuito de fazer música instrumental, mantendo as diversas influências dos seus integrantes.
Indo do "New wave of british heavy metal" aos clássicos da música erudita como Choppin, Vivaldi e J.S. Bach passeando pelo pop rock, rock progressivo, jazz e blues, a banda mostra que mantém as influências de seus integrantes intactas e desenvolve, talvez, o projeto mais ousada da música brasileira.
A partir disso o projeto se considera uma banda da cena independente de Fortaleza
E-mail da banda: noise_jam_pro@yahoo.com.br
"A Noise Jam Project é um projeto que visa dar vida ao fenômeno chamado música. Tal fenômeno que vem se tornando a cada dia um “rosto estranho” para a maioria das pessoas e isso por diversos fatores, seja de ordem econômica, social, política ou filosófica.
A expressão “dar vida” deseja refletir a questão “música viva”: pode-se falar de muitas coisas a respeito do porquê desta questão. Mas há duas cruciais: a arte no mundo, como um todo, perde força devido à automação da vida, fazendo com que as pessoas sejam “projetadas” para somente trabalhar.
Isso faz com que a população perca sensibilidade e interesse por “artes” em si. Isto porque hoje, a música serve de trilha sonora para encontros, os quadros para decorar paredes e os livros para medida de status “cult”: quantos mais livros na estante, mais “cult“. A arte hoje é pingente social: decoração, fundo sonoro sem importância. E pingente de latão! Afinal se um artefato não interessa mais, o esforço em criar bons artefatos não resistirá, talvez, somente por uns poucos artesãos que tem amor ao ofício. Demanda! E o que nós vemos hoje na maioria das músicas?
O segundo é sobre o abismo que existe entre a história da música, suas funções sociais durante a história e a quase total ignorância da sociedade em relação a ela. A música se tornou um ofício alienado. Provavelmente mais extraterrestre devido à má atitude dos conservatórios, que querem “conservar” o ofício de se criar música, formando cânones, inflexionando algo que por natureza, pelo menos no ocidente, sempre teve caráter evolutivo. E também ao grande e complexo esforço da indústria cultural, que através de muito trabalho, conseguiu fazer com que as necessidades culturais fossem as mesmas para várias sociedades, dilacerando a variedade em prol do lucro. Não importa se é ruim: dá dinheiro! Esse é o business da cultura. E talvez por isso, a música seja a mais desrespeitada destas artes. Por que ela rende muito!
Não dizemos com isto que a nossa música é paradigma ou que pretende sê-lo. Mas queremos e fazemos nossa música e tentamos chegar ao público com ela.
Não temos um rótulo: acreditamos em uma forte intuição no que diz respeito ao rock e ao erudito, com uma liberdade que o jazz possui, com raízes profundas na genealogia de influências de cada um dos componentes.
Também temos um caráter de grupo participativo, no que diz respeito à participação de músicos fora da banda. Desejamos ser um projeto que visa à iteração com outras perspectivas, para que sejam criados laços de amizade e um resultado muito feliz na execução de obras deste ofício tão mal tratado e incompreendido hoje que é a música. Talvez, como nunca antes foi..."
Michael Costa de Souza - Guitarra