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Release
No começo era só uma forma de passar o tempo fazendo o que gostávamos de fazer: tocar.
Na cidade de Feira de Santana-BA, Maurício, Valnei e Emerson se enclausuravam num quarto aos finais de semana, com uma guitarra, um violão, um baixo e uma bateria, para desafiar a física tocando Engenheiros do Hawaii. Dos instrumentos usados, bateria e contrabaixo eram emprestados. Ah! O microfone também.
Apesar do prazer de tocar e rir, e talvez ríssemos mais do que tocássemos, sentíamos algo vazio, faltava um pouco de som, foi aí que lembrei do Edson colega de escola que há algum tempo não via. Pronto, pensei, tínhamos em fim a chance de ter violão e guitarra ao mesmo tempo, era já um progresso. O desastroso era um sujeito suando, tentando tocar bateria e cantar simultaneamente, um quadro assustador... Precisávamos agora de um baterista, o Valnei disse que conhecia alguém, mas o cara desistiu antes de vir, faltou nos três “ensaios” que marcamos. Não sabe o que perdeu...
Então batendo um papo com o Beto, meu vizinho, gente boa, ele me disse que tocava bateria, mas tinha parado há um tempinho, dez anos. Onde eu tava com a cabeça? Chamei-o pra tocar com a gente, dez anos sem tocar, e ele nem ouvia rock.
Em fim o pseudo-baterista ficou de pé para cantar, tocar violão e gaita, suas paixões.
Nasceu então a primeira canção da banda, que se chama Ultimato, “começamos pelo fim”, canção que disputou um festival e chegou às semi-finais aqui na cidade, depois outra, outra, e nos deparamos com dezesseis composições, distintas, o que torna a banda versátil, e todas elas com algo importante, que esperamos, sejam importantes para os outros.Hoje vemos que a NOZ tem identidade, conteúdo político nas letras, alertas que precisavam ressoar em nossa sociedade.
Hoje temos a versatilidade dos instrumentos, O Valnei e o Edson seguram as guitarras, poderosas e ousadas, o Emerson se contorce entre o contrabaixo e o teclado, quando conseguimos os dois emprestados, que dureza! O Beto está impossível, a cada dia mais preciso, recuperando o tempo perdido, e para quem não ouvia rock, tem uma pegada incrível. Eu, Maurício, seguro a onda tocando violão e cantando para os garotos se divertirem, tentando ao menos não desafinar.
Queremos levar a nossa música para as pessoas, soltar o grito preso de que podemos ser diferentes, e que a vida pode ser melhor.
O Nome NOZ com “z” é porque já havia uma banda com o nome Nós, então pra não perder o clima, jogamos a responsabilidade sobre o fruto, já que o universo, a vida, cabem numa casca de Noz.