Há tempos eu andava à procura Teu seio minha cura Uma válvula de escape, Desejo, loucura. E a lua testemunha minha luta, Acordo ao cantar do galo, Meu caro Não há incômodo Ando cego de sono, Atravesso a rua risonho, Seguindo o sol e meu sonho Em cada verso eu proponho que Cada pivete que eu vejo possa sonhar também. Sacie os anseios da alma Sem ter que humilhar ninguém Nem mesmo pegue numa arma, Do sistema não vire refém. Menor na FEBEM Você sabe bem o que eles querem. Te manter alienado, sem ver que você prospere Pensamento encarcerado esperando a hora do amém. Com ferro ferem Confere o stress Não há esperança E alma escurece Filho que chora a mãe entristece Chegada a hora na nova aurora Meu rap veio te salvar Me joguei, dediquei pra chegar minha vez. Daqui, eu não ouço mais vocês. A minha pele e os meus olhos refletem a dor Mas a minha atitude converte em amor Em forma de escrita Ditas, lidas São luzes, pra encontrar uma saída Pra entender, Pra quem possa ler Pra quem possa nego, entender... Por entre essas linhas, Minhas paredes cinzas, Vou rabiscando, buscando a poesia E o futuro, do outro lado desse muro Será que eu pulo?! Não... Me sinto inseguro! E me seguro, não tenho horizonte Tá bem escuro, Não tenho a luz no fim do túnel Mas tenho fé, na minha caminhada Passos firmes aguentando as pedradas da vida Das minhas próprias falhas Então faça! Faço e recupero minhas águas. Pra esquecer as minhas próprias mágoas Que não me afaga, mas é a minha faca que me fere Deixando as cicatrizes na minha pele Assim se segue! Mas não esquece Que as minhas experiências fazem minha prece Minhas experiências fazem minha prece! Com ferro ferem Confere o stress Não há esperança E a alma escurece Filho que chora a mãe entristece Chegada a hora da nova aurora Meu rap veio te salvar!