Oficina do Diabo

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EstiloHardcore
Cidade/EstadoBelo Horizonte / MG
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Ateu

Composição: Felipe Augusto/Daniel Alves, Wesley Cançado, Felipe Augusto.
Aquele que não tem fé, nesse mundo não tem nada Não baseio minha crença, em sua falsa palavra O papel aceita tudo, assim vejo seu livro O seu deus criador, não é mais que um mito Querendo me converter, você tenta me convencer Mas seus argumentos são falhos e não vão prevalecer Bom cristão seguidor, consciente dos seus atos Sua fé só serve como desculpa para seus pecados A quem não se esconde atrás de bíblia, pode comprar a briga A sua igreja é uma empresa, com visão capitalista O ouro escravo católico, o pastor milionário E eu lendo sobre um homem que andava de pés descalços Dizendo em sermão que esqueça a riqueza Dê a César o que é de César, com toda certeza Pela cabeça da agulha passa fácil o camelo Mas quem tem posse de ouro não entrará em seu reino Eu vejo a farsa, a pura ludibriação A exploração do carma, a pura manipulação O tempo passa e muda, a filosofia não Religião é um grande negócio para quem tem ambição Não é salvação, enrustido na danação Sua palavra é o estopim para toda ação Patrocínio da guerra é discurso já batido Hoje vemos o retorno do controle político Concentração de poder, como se pode escravizar? Então o grande demagogo começa a pensar Propaganda, mentiras, dono de televisão Nunca esteve tão claro o seu plano de dominação Dizer e repetir, sempre alertando por que Eu não crer em deus é o que incomoda você A minha fé senhor, não é a que você quer Então você mente dizendo que ateu não tem fé Sento e olho o bule, espero você provar Você vai falando e eu tomando meu chá E vamos vivendo a lógica, navalhando os fatos Acreditar no mais simples, é sempre o mais fácil E furtivo à ciência, se desenha inteligente Contando passível, com a atitude do crente O unicórnio está aí, quem consegue acreditar? Sempre em rosa invisível aos que querem enxergar Mas veja só, ouça bem, não canso de escutar Sua crença é a cultura de sempre julgar É falta de deus no coração, falando do criminoso O ateu é tido como a ruína do povo Sua mentira vai a milhões, e faz propagar A calúnia que cria o rancor, para estimular Ódio as diferenças, vivendo pela aparência Imerso na opulência, emerso da sapiência A intolerância contamina, impede a evolução Uma cartilha anti-democracia é o livro cristão Ao confronto de pensares, responde com agressão Há milhares de anos impondo a imbecilização Sempre tentam, ainda querem, nossa submissão A ruína é como o ópio e o ópio é a religião Imposto ao nascer, batismo é desrespeitoso A gente nasce ateu e se torna religioso Segue tranquilo, a verdade o libertará Não é a palavra do ministro que a revelará De lá ouço com sobras, é ódio e preconceito No Brasil até estuprador é mais aceito Quem entendeu sabe, tem que ter disposição Ser ateu por aqui, é enfrentar discriminação É diário o furor desse círculo odioso Amargo fruto da ignorância do religioso

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