Na mais radiante cidade do Norte, Onde o sol brilha forte, tem uma velha figueira. Numa ribanceira, onde permanece, Com galhos robustos e bela sombreira. Que apesar de tortos, Tão cheios de vida, Nos mais fúteis desgostos, promoveu guarida. As folhas dançando ao vento, tão suavemente, verdejantes cores. Do mais remoto passado ao presente, assistiu histórias de versos e amores. Debaixo da velha figueira, Se faziam planos e muitas memórias, Corações chorosos achavam consolo E o amor viçoso jamais foi embora. Acima os galhos frondosos, Estável abrigo do sabiá-coleira, Prosão balaqueiro, o tempo não pára. Como um refrão raro, de terna vaneira. Refrão: Oh, oh, oh, oh, oh, velha figueira... Resistiu tempestades em todas estações, Oh, oh, oh, oh, oh, velha figueira... Ícone resistente de nossas ações. Oh, oh, oh, oh, oh, velha figueira... Tronco imponente, nosso guardião, Acolhe, abraça e realça essa nossa canção. Acolhe, abraça e realça essa nossa canção.