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LOGÃ – Música Afro-Indígena-Brasileira Para as Novas Masculinidades

O Sankofa é um ideograma de um pássaro que na filosofia africana fala sobre olhar para atrás e observar se no caminho não estamos esquecendo coisas que são importantes para a nossa caminhada. Logã se sentiu obrigado a fazer o mesmo quando achou que seu trabalho musical estava caminhando em um sentido equivocado. Esse lançamento é pura auto releitura.

Artista do Rio de Janeiro, Logã sempre uniu elementos que falassem da sua história: o subúrbio carioca, o candomblé e a música nordestina. Mas quando passou a se apresentar como artista solo, Logã preferiu não usar referências do seu início como cantor e compositor quando liderou sua primeira banda… de rock.

Nada de guitarras distorcidas e sem bateria. Sim, o primeiro CD do artista (quando ainda era Pedro Logän) foi todo feito com elementos de percussão em sequências pré-programadas. ‘Na época eu já achava que poderia ser um problema, mas a grana era pouca e eu não tinha ninguém para me assessorar. Ficou bom. Mas bom não é suficiente em um mercado tão difícil’ conta o Logã sobre o álbum gravado ao longo de 3 anos e cheio de referências aos orixás e levadas do pop carioca.

Em 2019 Logã sentiu que era hora de olhar para trás e entender porque as coisas não saíram como planejado. Era hora de renascer, como a lenda das fênix. Mas o pássaro escolhido foi o Sankofa. ‘Eu tinha uma penca de músicas guardadas esperando produção e o rock nitidamente estava presente nelas, mesmo que por enquanto só na minha cabeça’ relata o cantor.

Em julho de 2019 Logã se rebatizou, lançou um financiamento coletivo e iniciou os lançamentos. Agora, 2 anos depois, enfim o EP de 7 faixas chega às plataformas cheio de canções com boas letras, refrões fortes e, claro, guitarras. Logã assina a coprodução ao lado do guitarrista Luiz Janela. As 6 participações especiais foram escolhidas para dar o ponto certo de cada música. ‘A única música sem participação é ‘Mansplaining’, claro’ (risos) comenta o artista que se intitula antimachista.

O EP conta com as cantoras Bia Nogueira, Mariana Benjamin, Valeria Sattamini, Katia Jorgensen, o saxofonista e arranjador Glaucus Linx e o Dj Marcelo Mistake. Um álbum com produção enxuta mais assertiva, com soluções como o uso de técnicas de beatbox, power trio, arranjos certeiros e um recorte das facetas do compositor, entre o soturno e o festivo, o sexy e o melancólico, o espiritual e o político. Com Luiz Janela na guitarra, Michel Nascimento na Bateria, Kauê Husani no baixo e Logã horas no violão de nylon (silent), horas na percussão ou beatbox, 'Ande Junto de Mim' é um bom álbum para brindar a reconstrução do artista.

Ouça ‘Acasalos’, single lançado em 28 de julho: https://tratore.ffm.to/acasalos

Proximo lançamento: ‘Te Perdi Pra SP’,
https://tratore.ffm.to/teperdiprasp

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LOGÃ – Música Afro-Indígena-Brasileira Para as Novas Masculinidades
Logã lançou em 2013 o CD ‘Alabê’, em 2016 o álbum ‘O Coco É Bom’ em parceria com Mestre Ulisses (trabalho indicado ao Prêmio da Música de Pernambuco 2017) e o EP ‘Ao Vivo’ com a então canção inédita ‘Odé’. Como poeta lançou os e-books ‘Feliz Ainda – versos sem formato’, ‘Poesia Visual’ e em Nov/2020 ‘Verso Calado – coletânea de amor e ódio’.
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