SP101
Composição: alexandre.SP101 quilômetro 27
É de onde vem a voz, aqui é forte o teste.
Não se localizou então ouve só
Cidade vizinha de campinas monte mor
Quebrada pequena com uma par de problema
Periferia esquecida seguindo seu estilo de vida
Oque se vê são barracos casas mal acabadas
Esgoto a céu aberto ruas esburacadas
Por aqui se encontra de tudo um pouco
Gente boa, gente má, caretas, muito loucos.
Tentando sobreviver de um jeito ou de outro
Varias vezes fui surpreendido por gritos pipocos
Lugar que muitos chamam de fim de mundo
Refugio de gente humilde também do submundo
Jardim Moreira, paulista, paviotti.
Campos dourados periferia entre a vida e a morte
São Rafael, bela vista outros mais.
Gente sofrida que só quer viver em paz
Nordestinos que desistiram da vida em São Paulo
Da pra contar nos dedos os que estão a salvos
O relógio desperta acabou o sossego
Levanta pra trampar se não perde o emprego
Todo dia - todo dia a mesma rotina
Ônibus lotado itinerário campinas
Correria sofrimento luta constantemente
O suor a canseira escorre friamente
Batalhar por sobrevivência é o caminho
É Deus por nós e cada um sozinho
Protagonistas de uma história real
Onde sobreviver é o papel principal
A cidade dormitório amanhece mais um dia
O sol nem deu as cara levanta periferia
Tem que lutar pela favela é todo dia
No mundão você vale o que tem
Tem que lutar pela favela é todo dia
No mundão você vale o que tem
Mais uma vez o final semana sábadão
Amanhece e eu estou na cama
Ouço o megafone na rua som a toda altura
É o peixeiro em mais um dia de luta
Abro a janela elas estão lá varias pipas no ar
Um vizinho que eu não via há tempos veio me cumprimentar
Molecada correndo divertimento
O agito dia a dia esconde o sofrimento
Bola no centro vai começar mais um racha
Lance empolgante do centro-avante o tempo passa
Saio no role o sol não me dá trégua
Chego pro dono da mercearia ai passa a régua
Calor agitação a temperatura sobe
Carros em velocidade a poeira me encobre
Ritmos se misturam na nossa quebrada
A sanfona a batucada não pega nada
Rap nacional o som ao qual me identifico
Eu vivo aqui não vacilo, facilito não complico.
Os exemplos me mostraram friamente isso
Amigos, inimigos eu vi cair no precipício.
Drogas, armas tretas por todos os cantos.
No crime na vida bandida crianças se formando
A outra face aliados em prol da vida
Nocaute no sistema nessa tendência suicida
Relato os fatos vou cantando
A esperança sangue enquanto a vida vai passando
A destruição prossegue nos contaminado
Esse é o diário do nosso cotidiano
Protagonista de uma história real
Onde sobreviver é o papel principal
A cidade dormitório amanhece mais um dia
O sol nem deu as cara levanta periferia